Febre maculosa tem alta taxa de letalidade e chega a 75% em SP
A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por bactérias, transmitidas pelo carrapato-estrela, nome popular da espécie Amblyomma cajennense. Ela está associada a quadros de febre aguda e possui gravidade variável.
Os pacientes da febre muculosa podem vir a apresentar quadros de risco leves ou graves e podem ter taxa de letalidade elevada. As maiores complicações são inflamação do cérebro, insuficiência respiratória, paralisia e insuficiência renal.
No Brasil, há duas espécies dessa bactéria que estão associadas a quadros de febre maculosa: a Rickettsia rickettsii, analisada no Norte do estado do Paraná e nos estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que vem sendo registrada em ambientes de Mata Atlântica, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará.
Os dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, apontam uma média de 2.433 casos suspeitos por ano, onde 2009 e 2019 são os anos de menor e maior número de notificações.
No estado de São Paulo, em 2022 foram registrados 62 casos e 47 mortes pela infecção, tendo em vista uma taxa de letalidade de 75%. No ano anterior, o equivalente foi uma taxa de letalidade de 57,1%.
De acordo com o Ministério da Saúde, seus principais sintomas são febre, intensa dor de cabeça, náuseas e vômitos, inchaço, diarreia, dor abdominal, dor muscular, vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.
Amblyomma cajennense (carrapato-estrela) (Foto: Reprodução/Prefeitura de Jundiaí)
A morte da dentista Mariana Giordano, devido a doença, foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz. Mais dois óbitos suspeitos pela doença estão sendo analisados pelo instituto, incluindo o de Douglas Costa, piloto de automobilismo e namorado de Mariana, e de uma mulher de 28 anos, de Hortolândia.
Essas mortes ocorreram no dia 8 de junho. Todos estiveram presentes em um mesmo evento realizado na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, no dia 27 de maio. O local está sendo analisado como provável local de infecção.
Foto destaque: Amblyomma cajennense (carrapato-estrela) (Foto: Reprodução/Prefeitura de Jundiaí)