Argentina registra inflação mensal de 12,4%, maior em 32 anos
O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) divulgou na última quarta-feira, 13, que a inflação para o mês de agosto foi de 12,4%.
De acordo com um relatório do Banco Central, índice não era tão elevado desde fevereiro de 1991, quando atingiu patamar de 27%. Pouco tempo depois, o governo de Carlos Menem decretou a paridade do peso com o dólar.
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Esse não é o único recorde negativo em décadas. O Indec também informou que o último IPC de dois dígitos, de aproximadamente 10%, data de abril de 2002, precisamente quando se abandonou o modelo de paridade.
O acumulado interanual da inflação é de 124,4%, e de 80,2% no ano, configurando um dos mais altos do mundo.
Itens alimentícios e bebidas não alcoólicas foram os que tiveram maior aumento, uma média de 15,3%.
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Aumento da inflação
O péssimo desempenho da taxa é atribuído, em parte, à desvalorização de 22% do peso argentino e a um aumento da taxa de juros de 97% para 118% ao ano, que disparou a cotação do dólar no mercado informal.
As medidas foram adotadas pelo Ministro da Economia e candidato do governo peronista à Presidência, Sergio Massa, depois de perder as primárias de 13 de agosto para o anarcocapitalista Javier Milei.
Em entrevista a Associated Press, o economista Martín Kalos afirmou que o porcentual só não foi maior porque a política de desvalorização só impactou 15 dias de agosto. A expectativa é que o índice se mantenha na casa dos dois dígitos no mês de setembro.
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Massa anuncia novas medidas econômicas
Horas depois do comunicado de quarta-feira, Massa anunciou benefício de devolução do imposto sobre produtos da cesta básica.
Desde o fim de agosto, o governo busca alternativas para incentivar o consumo, diminuir os efeitos da desvalorização do peso e combater a inflação.
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Nesta semana, entrou em vigor isenção de Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até 1,7 milhão de pesos (R$ 25 mil) por mês.
Além disso, foram concedidos aumento e bonificações para aposentados, trabalhadores dos setores públicos e privado e domésticas. E mais uma facilitação do acesso ao crédito.
As medidas são uma tentativa de ajudar o ministro na disputa presidencial que substituirá Alberto Fernández e cujo primeiro turno acontece em 22 de outubro deste ano.
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