Estados do Sul permanecem entre os mais inovadores do país


Os resultados refletem a concentração histórica da inovação no Sul, fruto de um ambiente inovador mais favorável

A nova edição do Índice FIEC de Inovação dos Estados revela que São Paulo é o líder do ranking, seguido pelo Rio de Janeiro (2º) e o Rio Grande do Sul (3º). Os três estados ocuparam de forma estável essas posições nos últimos cinco anos. Santa Catarina (4º) e Paraná (5º) completam a lista dos cinco primeiros (veja a relação completa ao final desta reportagem). Nesse mesmo período, seis estados brasileiros subiram de posição no levantamento: Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí, Alagoas e Espírito Santo. Este último obteve a maior evolução, saindo do 12º lugar, em 2020, para o 7º, em 2024. No ranking por regiões, o Sudeste (1º) e o Sul (2º) registraram os melhores desempenhos. A região Centro-Oeste alcançou a 3ª posição, enquanto Nordeste e Norte ficaram em 4º e 5º lugar.

Os resultados, como explica o gerente do observatório e economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Guilherme Muchale, refletem a concentração histórica da inovação no eixo Sudeste-Sul, fruto de um ambiente inovador mais favorável. “Os estados do Sul e Sudeste têm um investimento histórico em educação superior de pós-graduação, um ambiente de negócios diferenciado e intensidade de setores de maior nível de inovação, além de uma complexidade maior no setor produtivo local, o que gera resultados mais positivos. Já os estados do Norte e Nordeste acabam tendo que fazer um investimento mais intenso para que os resultados se reflitam nas próximas décadas”, afirmou.

Sobre o índice
Desenvolvido pelo Observatório da Indústria da FIEC com apoio da ABDI, o Índice de Inovação dos Estados tem como propósito identificar os principais pontos relacionados à inovação, bem como mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram. O índice consiste em um instrumento informacional com capacidade de orientar os estados para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil. Ele é calculado tendo como base dois subíndices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e as medições da inovação em si (Resultados). Como os dados são desagregados em doze indicadores e duas dimensões, a solução dos entraves fica mais direcionada. O Índice de Capacidades captura os seguintes elementos: investimento e financiamento público em ciência e tecnologia, capital humano (graduação e pós-graduação), inserção de mestres e doutores, instituições e infraestrutura. Já o Índice de Resultados avalia os aspectos de competitividade global, intensidade tecnológica e criativa, propriedade intelectual, produção científica, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental.





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