A doença que matou o rei Pelé, o que é o Câncer de Cólon e quais os sintomas e tratamentos
O Ex-jogador e ídolo máximo do futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu hoje, quinta-feira (29) em decorrência de um câncer de cólon descoberto no ano de 2021. Mas o que é esse câncer? É um tumor que se desenvolve na região do intestino, sendo um dos mais letais, o segundo que mais mata no Brasil, e o terceiro mais frequente no mundo. Ele atinge desde a região do cólon, reto e até o ânus, essas são as regiões que podem ser atingidas por esse mal.
O INCA avalia que no Brasil 40.990 casos novos de câncer de cólon e reto afetando quase igual ambos os gêneros. O número de óbitos chega a 18.867, sendo 9.207 homens e 9.660 mulheres. São os dados mais recentes sobre a doença.
Na maioria das vezes o tumor se desenvolve a partir de pólipos, lesões geralmente benignas que vão crescendo e se fixando na parede do intestino. Nem sempre um pólipo vira câncer, porém a doença pode ser precedida por esses, por isso o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento da doença, pois com ele a chance de cura aumenta bastante.
Intestino grosso com o Cólon, região do câncer que matou Pelé. ( Foto: Reprodução/freepik)
Os sintomas mais comuns são:
– Alteração nos hábitos intestinais, com diarreia frequente ou constipação;
– Sangue nas fezes;
– Dor, com presença de cólicas abdominais, especialmente durante a evacuação;
– Alteração no formato das fezes, que ficam mais finas, delgadas;
– Anemia crônica;
– Perda de peso;
– Fadiga.
– Verminose
– Úlcera gástrica.
Geralmente o diagnóstico é feito depois de uma avaliação clínica dos sintomas e de exames laboratoriais específicos, como endoscopia. A colonoscopia, que é um tubinho flexível com uma câmera na ponta no qual é introduzido no intestino e faz imagens que revelam se há presença de possíveis alterações, permitindo, inclusive, remoção de pólipos e biópsias de lesões suspeitas. A doença é confirmada após a biópsia de uma pequena parte de tecido retirado de onde a lesão se encontra sob suspeita. Também pode ser feito exame de fezes e de sangue.
Reigião onde está a lupa em destaque é onde fica o cólon, no intestino grosso. (Foto: Reprodução/Freepik)
Existem alguns estudos que mostram como a publicada no Journal of the National Cancer Institute e que foi realizado no período de 1974 até 2014, mostrou que pessoas entre 20 a 39 anos os casos de câncer vem crescendo anualmente entre 1 e 2,4% desde os anos 1980.
A médica Oncologista ouvida pelo globoesporte.com, Erika Simplicio, diz que “A taxa de cura é diretamente proporcional ao quão precoce é o diagnóstico, e pode chegar a mais de 90% em tumores iniciais localizados, sem acometimento de linfonodos”
O tratamento do câncer de cólon pode ser feito de várias maneiras, sendo as mais indicadas a retirada por meio cirúrgico da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos, por radioterapia e por fim, por quimioterapia.
Alguns dos fatores de risco que podem colocar em risco para a doença são: Obesidade, sedentarismo, consumo de alimentos ultraprocessados, alcoolismo e tabagismo.
Para prevenir a doença, o Instituto Nacional do Câncer, INCA, recomenda o exame de colonoscopia a partir dos 45 anos a todas as pessoas. Quem tem histórico familiar da doença deve repetir com maior frequência o exame e ter cuidados redobrados.
Foto Destaque: Pelé. (Foto: Reprodução/Twitter/Pelé)