“A Roleta da Morte” é suspense mexicano dirigido por ator de “Narcos”



Visualize o seguinte cenário: na primeira prova do Big Brother Brasil, os moradores da casa escutam as seguintes regrinhas: vocês têm uma hora para escolher qual participante será assassinado, o escolhido precisa concordar com a morte e ninguém poderá se oferecer para a “missão”. Se a votação e a “eliminação” não ocorrerem dentro dos sessenta minutos, todos morrem. Até quem abomina o reality show ficaria curioso pelo desfecho desse jogo sinistro.

É mais ou menos o que acontece em A Roleta da Morte, principal aposta do Paramount+ no último mês e que, de cara, virou o filme mais visto do serviço de assinatura. Nessa película mexicana, ninguém se inscreveu para um reality. As sete pessoas acordam numa mansão sem terem a mínima ideia de como foram parar lá. Aos poucos, com o jogo mortal em curso, eles vão percebendo que possuem algo em comum: seus caminhos, em algum momento, cruzaram com o de Pablo Vega, um criminoso muito peculiar que está no comando da situação, forçando suas presas a revelarem seus podres e fraquezas enquanto definem quem deverá ser sacrificado.

Um dos protagonistas e também o responsável pela direção do filme é o colombiano Manolo Cardona, que atuou nas séries Narcos Quem Matou Sara?, ambas da Netflix. Em A Roleta da Morte, Cardona mostra que tem futuro como diretor, apesar de alguns expectadores reclamarem de pontas soltas na história, como a que envolve o casal de matadores escalados para executar a sentença. Mas o que importa é que o colombiano consegue manter o suspense no ar o tempo todo e transmite medo real por meio dos choros, súplicas e arrependimentos do bom elenco de atores.

Outro rosto conhecido que chama a atenção em A Roleta da Morte é o de Maribel Verdú, atriz espanhola de 52 anos que já participou e ganhou prêmios em dezenas de produções locais. Maribel também já foi vista em filmes internacionais, caso do mexicano E Sua Mãe Também, em que divide as cenas com Diego Luna e Gael García Bernal, além de estar escalada para o The Flash, que estreia nos cinemas neste mês. Em A Roleta da Morte, ela é a personagem que se sente mais culpada por aquele jogo estar acontecendo, mas é a última a revelar sua relação com o sádico (ou justiceiro, dependendo do ponto de vista) Pablo Vega.

Trata-se de uma hora e meia que passa voando para quem gosta de filmes de temática mais macabra, em que as revelações vão justificando o roteiro cena após cena. Dá vontade de concluir dizendo “e que fique a dica para o Boninho…”, mas A Roleta da Morte passa longe dos gracejos. É uma obra sobre vingança, com muita violência e pelo menos um assassinato garantido.



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