‘Ainda tem muita gente sem lugar para onde ir’, diz brasileira que mora no Marrocos – Notícias



Assim como milhares de pessoas, a dançarina carioca Sheyla Bernardes Silva, de 35 anos, que vive em Marrakech há dois anos, passou por momentos de desespero na noite de sexta-feira (8). Ela acreditou que o prédio em que estava iria desabar com os fortes tremores que atingiram a cidade. “A primeira coisa que pensei foi: ‘O prédio vai partir ao meio e não vai dar nem tempo de descer'”, conta ela ao R7.


Marrakech foi uma das cidades mais devastadas pelo terremoto que afetou o Marrocos na sexta-feira (8), às 23h11. O epicentro do abalo sísmico se localiza a 71 quilômetros a sudoeste da cidade. Além de Marrakech, as regiões mais atingidas foram Al Haouz, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.


Segundo o Ministério do Interior, foram contabilizados mais de 2.000 mortos até o começo da noite deste sábado (9). Imagens e relatos de testemunhas mostram que muitas pessoas tiveram que deixar suas casas, que foram destruídas ou estão sob risco de desabamento.



“Passaram-se alguns segundos e todos desceram desesperadamente. Ficou todo mundo na escada, um tentando passar por cima do outro. Ficamos na rua com medo de uma segunda onda de tremores. Quando fomos para casa, já eram 5 da manhã”, relata Sheyla.


Um dia após o terremoto, ainda há muitas pessoas na rua, em sua maioria desabrigados que não têm para onde ir. “É uma situação muito triste”, lamenta.



Após o terremoto, o Ministério do Interior informou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar as zonas afetadas” pelo abalo. Governos de outros países, como Estados Unidos e Espanha, também se ofereceram para ajudar e mandar equipes de resgate de reforço, caso seja preciso.


O Marrocos tem um histórico de terremotos e este não é o primeiro abalo que devasta o país ou uma nação vizinha do norte da África. Em 2004, um tremor em Al Hoceima, no nordeste do Marrocos, deixou mais de 600 mortos e 900 feridos.



Antes ainda, em 1980, outro evento do tipo, de magnitude 7,3, devastou a Argélia, país vizinho ao Marrocos. O saldo da catástrofe foi de cerca de 2.500 mortos e 300 mil desabrigados.


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