Amin quer investigar PF, Abin e CGU por ‘abuso de autoridade’
O senador Esperidião Amin (PP-SC) vai pedir à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional (CCAI) a investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) por “abuso de autoridade”.
O parlamentar levará a ideia aos membros da comissão no retorno dos trabalhos parlamentares, previsto para acontecer em 5 de fevereiro.
“Enviamos ofícios à Abin, à PF, à CGU e ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo os documentos sobre a investigação do suposto esquema e investigação ilegal por meio de rastreamento de celulares de autoridades”, escreveu o senador em seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira, 29. “Abin, PF e CGU negaram as informações. O STF nem respondeu ao ofício.”
Segundo Amin, existe um “complô de abuso de autoridades”. “A solução é abrir uma investigação por abuso de autoridade”, completou o senador.
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Conforme a PF, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, um programa secreto chamado First Mile teria sido usado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro. Os dados estariam armazenados fora do Brasil. Conforme o diretor-geral da PF, Andrei Passos, a espionagem atingiu 30 mil brasileiros.
A CCAI fiscaliza e faz o controle interno e externo das atividades de inteligência e contrainteligência desenvolvidas no Brasil e no exterior. A comissão tem o intuito de assegurar que tais atividades sejam realizadas conforme a Constituição Federal.
PF deflagra operação para investigar ação da Abin
Como mostrou Oeste, a PF deflagrou desde a semana passada uma série de buscas e apreensões no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, que diz respeito ao suposto monitoramento ilegal feito pela Abin na gestão Bolsonaro.
Na quinta-feira 25, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — delegado da PF e ex-diretor-geral da Abin entre 2019 e 2022 — foi alvo de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional. Além do parlamentar, três servidores da Abin e sete policiais federais foram alvo da operação.
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Hoje, desde cedo, a PF cumpre mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente. Ao todo, são cumpridos oito mandados: cinco no Rio, um em Brasília, um em Formosa (Goiás) e um em Salvador.