Anderson Torres rebate suspeitas de conivência com atos de vandalismo  – Notícias



Horas após ser exonerado do comando da Segurança Pública do DF, Anderson Torres divulgou uma nota nas redes sociais negando que tenha sido conivente com as manifestações que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, neste domingo (8).


“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, disse. “Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”, completou.




O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro está de férias, com a família, nos Estados Unidos, e acompanhou os atos de vandalismo à distância.  Ele também disse que foi surpreendido pela violência da manifestação, e que as cenas de guerra vistas em Brasília eram “inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira”.



“Repudio veementemente a covardia que assistimos neste domingo. Tais atos são totalmente incompatíveis com todas as minhas crenças do que seja importante para o fortalecimento da política no Brasil. As divergências político-ideológicas jamais podem ser usadas como combustível para agressões de qualquer tipo”, escreveu. 


As forças de segurança do Distrito Federal acompanharam os manifestantes durante todo o dia. Quando a quebradeira generalizada ficou fora de controle, o governador Ibaneis Rocha (MDB) resolveu exonerar Anderson Torres do cargo. 


Em seguida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto determinando intervenção federal na Segurança Pública do DF. No início da madrugada, nesta segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes decidiu afastar Ibaneis do cargo de governador. A decisão vale por 90 dias. 


Polícia Civil diz que avisou sobre riscos


O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, delegado Robson Cândido, afirmou que a corporação alertou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) sobre os riscos das manifestações que ocorreram neste domingo (8). 


No início da noite, Cândido se reuniu com o interventor federal, Ricardo Garcia Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, e garantiu que todos os envolvidos no episódio serão identificados. 


Até as 22h57, 300 pessoas haviam sido presas, segundo informação divulgada pela Polícia Civil. Todos foram enquadrados no artigo 359-M do Código Penal, pelo crime de golpe de Estado. A pena prevista é de 4 a 12 anos de prisão.


Caos na Praça dos Três Poderes


Durante a tarde, um grupo de pessoas contrárias ao resultado da eleição presidencial ignorou o bloqueio da Polícia Militar na Praça dos Três Poderes e invadiu os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).


Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.


No Palácio do Planalto, os vândalos destruíram salas, quebraram móveis e vidraças, danificaram obras de arte e chegaram a roubar armas, documentos e munições do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).


No ataque ao prédio do STF, os vândalos arrancaram a porta do armário no qual fica a toga do ministro Alexandre de Moraes. Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem segura a porta e desafia: “Vem buscar sua porta, Alexandre”.



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