Arthur Elias reclama de calendário indefinido do futebol feminino em 2023: “Difícil da gente trabalhar”


No final de setembro, na semana da decisão do Brasileiro feminino contra o Internacional, o técnico Arthur Elias reclamou bastante da pouca ajuda dos dirigentes com relação ao calendário do Corinthians, que naquele dia teve que usar um time totalmente reserva em um clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. Quase dois meses depois, o treinador repetiu o discurso, desta vez para chiar contra a indefinição de como será a temporada 2023.

Em entrevista coletiva, Arthur Elias relatou que não tem a mínima ideia de quando serão realizadas as competições no Brasil. Só sabe que a Copa Libertadores, na Colômbia, será disputada em outubro.

“Em relação a projeção da pré-temporada, tecnicamente fica difícil da gente trabalhar sem saber o calendário do próximo ano. Calendário de competições ainda não foi divulgado pela CBF, pela Federação Paulista, só temos a data da Libertadores que será na Colômbia, nesse período que vem acontecendo nos últimos anos, mas é uma dificuldade pois não tendo o calendário das competições, as jogadoras precisam de férias”, afirmou.

Foto: Divulgação/Agência Corinthians

“O que sabemos é que o Campeonato Paulista vai até o dia 21 de dezembro e depois disso precisamos programar o período de férias onde elas também precisam se reapresentar para estarem minimamente preparadas para disputar a Supercopa, que sabemos ‘de boca’ que tem início em fevereiro, uma competição mata-mata, difícil, com grandes clubes e onde esse ano eu vi que boa parte das equipes não chegaram tão preparadas pra essa competição”, prosseguiu em seu desabafo.

Diferente do que ocorre no futebol masculino, os dirigentes e comissão técnica do time feminino ainda não têm noção do calendário de competições em 2023. Tanto a Federação Paulista de Futebol (FPF), quanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não divulgaram ainda definições ou bases para os torneios.

“Acho que especialmente os campeonatos regionais poderiam ter mais jogos no primeiro semestre, esse ano ficou bastante condensado no segundo semestre, assim como a Libertadores e a fase decisiva do Brasileiro, mas acho que essa é uma pergunta que deveria ser feita para as entidades, de não se divulgar o calendário antes, essa organização ser anterior, ainda que existam os acordos comerciais que estão aumentando no futebol feminino e são muito importantes para o desenvolvimento, mas essa organização também é fundamental para os clubes se organizarem e o futebol feminino se desenvolver cada vez mais rápido e melhor aqui no nosso país”, disse.

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