Ativistas do MBL são agredidos por alunos na UFRGS
Três integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram agredidos na tarde desta quinta-feira (20) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.
Os ativistas do MBL tentavam entrar em assembleia do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) que deliberava sobre o próprio MBL. Após membros do MBL tentarem pintar as paredes das dependências do DCE, no último dia 6 de julho, os estudantes haviam marcado a reunião de ontem para debater sobre “os últimos ataques proferidos por integrantes do MBL aos Diretórios do IFCH”.
De acordo com o MBL, integrantes do grupo foram ao local para saber o que seria dito sobre eles na assembleia. Ao chegar, tentaram se defender ao serem chamados de fascistas e violentos, assim como justificar a tentativa de pintar as paredes do DCE, depredadas com inscrições de apoio ao comunismo e pautas de esquerda. Após perceber a presença dos integrantes do MBL, os alunos teriam passado a agredi-los com socos e pontapés.
“O DCE dos cursos de humanas convocou uma assembleia para debater como expurgar o MBL. Logo, fui eu e mais dois rapazes para defender o movimento, já que o evento era público. No entanto, logo que nos identificaram, partiram para a agressão. Derrubaram um de nós com uma rasteira, começaram a nos chamar de fascistas e dizer que não éramos bem-vindos ali. Daí em diante foram só tapas e socos”, afirmou Klaus Schuch, por escrito, por meio da assessoria de imprensa do MBL.
Os integrantes do MBL fizeram boletim de ocorrência contra os universitários identificados no embate.
A Gazeta do Povo procurou representantes do DCE do IFCH para ouvir a versão deles do ocorrido, mas ainda não obteve resposta aos chamados. A UFRGS, procurada, por enquanto, também não se pronunciou sobre os acontecimentos.
Estudantes liberais são agredidos na UFSC e no Congresso da UNE
Essa não é a primeira vez que ativistas do MBL, após tentativas de apagar pichações de extrema-esquerda, em universidades, acabaram sofrendo ataques de estudantes. Na última quinta-feira, um deles foi espancado por quatro pessoas, chegou a ficar desacordado e precisou ser conduzido ao hospital. Ao todo, foram oito agressores, alguns deles usando máscaras de proteção.
As ofensivas de estudantes de esquerda contra liberais também estiveram presentes no último Congresso da UNE, quando representantes do grupo União Juventude e Liberdade (UJL) foram agredidos e expulsos do evento por extremistas da União da Juventude Comunista (UJC). Um dos principais objetivos da UJL é conseguir competir com grupos de esquerda que estão há décadas no comando da UNE, como a União da Juventude Socialista (UJS) ou a União da Juventude Comunista (UJC).