Balenciaga se desculpa por campanha acusada de sexualizar crianças


A grife espanhola Balenciaga desculpou-se por uma campanha polêmica envolvendo crianças posando com bolsas da marca em formato de ursos de pelúcia.

Os brinquedos vestiam pulseiras e coleiras associadas ao universo BDSM (prática sexual que envolve dominação, sadismo e masoquismo). A campanha foi inspirada na série de filmes infantis Toy Story.

“Pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa que nossa campanha de férias possa ter causado”, informou a Balenciaga, em nota. “Nossas pelúcias não deveriam ter sido apresentadas com crianças nesta campanha. Removemos, imediatamente, a campanha de todas as plataformas. Estamos tomando medidas legais contra as partes responsáveis por criar o conjunto e incluir itens não aprovados para nossa sessão de fotos da campanha.”

Não é a primeira vez que a Balenciaga é acusada de apologia da pedofilia. Nesta semana, influenciadores digitais encontraram um processo contra a empresa por suposta alusão à pornografia infantil.

Trata-se do caso United States v. Williams, que investigava a venda de material de pornografia infantil. Ambas as campanhas já foram retiradas do ar. A pelúcia era uma bolsa vendida pela empresa.

“Isso é totalmente nojento”, escreveu no Twitter a ativista contra o aborto Lila Rose. “A Balenciaga coloca crianças pequenas em suas propagandas, segurando ursinhos em trajes com algemas e cintas com um documento sobre pornografia infantil parcialmente escondido na imagem. É criminoso e doente. Sexualizar criança deve ser o limite.”

Em nota, a marca aproveitou a oportunidade para condenar veementemente o abuso de crianças “de qualquer forma”. O fotógrafo Gabriele Galimberti, responsável pelo ensaio fotográfico, veio a público para se desculpar e explicar seu ponto de vista sobre a campanha.

“Não posso comentar as escolhas da Balenciaga, mas devo ressaltar que eu não fui autorizado, de maneira alguma, a escolher os produtos, os modelos ou a combinação deles nas fotos”, escreveu Galimberti. “Linchamentos como este estão direcionados aos alvos errados e distraem as atenções do problema real e dos criminosos.”

Leia também: “Agressões gratuitas”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 92 da Revista Oeste





Source link