BBC diz que um de seus repórteres foi ‘preso e espancado’ enquanto cobria protesto na China – Notícias



O grupo de mídia britânico BBC informou no último domingo (27) que um de seus jornalistas na China foi “detido, espancado e chutado pela polícia” enquanto cobria protestos em Xangai contra a política anti-Covid.


“A BBC está extremamente preocupada com o tratamento dado ao nosso jornalista Ed Lawrence, que foi detido e algemado enquanto cobria os protestos em Xangai”, disse um porta-voz da BBC em comunicado enviado à AFP.


Ele acrescentou que Lawrence “foi espancado e chutado pela polícia” durante as várias horas de detenção, apesar de ser um jornalista credenciado no país.



Centenas de pessoas manifestaram-se ao longo do fim de semana em várias cidades chinesas contra os confinamentos e restrições impostas pelas autoridades no combate à Covid-19.


O ministro dos negócios britânico, Grant Shapps, descreveu os atos de violência denunciados pela AFP como “inaceitáveis” e “preocupantes”.


“Aconteça o que acontecer, a liberdade de imprensa deve ser preservada”, disse o ministro à rádio privada LBC.


O porta-voz da BBC disse que o veículo não recebeu “explicação ou pedido de desculpas das autoridades chinesas, além da declaração dos oficiais, que posteriormente o libertaram, dizendo que o haviam detido para seu próprio bem, caso contraísse o vírus”.  “Não consideramos que seja uma explicação que dê para acreditar”, acrescentou.



Lawrence twittou na segunda-feira para agradecer a seus apoiadores, acrescentando que pelo menos um cidadão chinês “foi detido depois de tentar impedir que a polícia me espancasse”.



O repórter voltou posteriormente ao local dos protestos, segundo vídeos que postou em sua conta no Twitter.



O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta segunda-feira que Lawrence não se identificou como jornalista.


“Com base no que sabemos das autoridades competentes em Xangai, ele não se identificou como jornalista e não mostrou voluntariamente seu credenciamento de imprensa”, disse o porta-voz do ministério Zhao Lijian, instando a mídia internacional a “seguir as leis e regulamentos chineses quando em China”.






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