Centenas de pessoas homenageiam professor morto a facadas na França  – Notícias



Centenas de pessoas prestaram homenagem, neste domingo (15), a Dominique Bernard, o professor que foi assassinado por um ex-aluno com várias facadas na sexta-feira (13), em Arras, cidade no norte da França. O crime comoveu o país, principalmente o setor de educação, que ainda tem na memória o ataque que vitimou outro professor, Samuel Paty, em outubro de 2020.



Neste domingo, por volta do meio-dia no horário local (7h, no horário de Brasília), foi realizado um minuto de silêncio nas escolas e demais estabelecimento de ensino da França, em homenagem às vítimas do atentado.


A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), neste domingo, convocou a população da cidade para uma homenagem nacional a Bernard, nesta segunda-feira (16), às 12h (horário local), em frente às subprefeituras do município (mairies d’arrondissement). Ela disse que todos “vão fazer um minuto de silêncio e, juntos, vão reafirmar os valores inalienáveis ​​da nossa República face ao terrorismo”.


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Na sexta-feira de manhã, Mohammed Mogouchkov, de 20 anos, ex-aluno do liceu Gambetta-Carnot, em Arras, entrou no colégio armado com uma faca. Bernard, que tinha 57 anos, ao vê-lo esfaqueando um colega, tentou intervir, mas foi golpeado várias vezes, relatou a imprensa local. 


Outras três pessoas ficaram feridas, entre elas um agente de serviços gerais e mais um professor da escola. O primeiro teria sido reanimado pela equipe de resgate, ainda no local, e permanece em estado grave. Nenhum aluno ficou ferido.


Mogouchkov tem nacionalidade russa e chegou à França em 2008. Ele já tinha sido autuado por radicalização no registro de segurança nacional.


Segundo o depoimento de testemunhas, ele entrou no local gritando “Allah akbar” (Alá é grande ou Deus é grande, em tradução livre).


“Allah akbar” é uma expressão formal de fé usada por pessoas de crença muçulmana. De acordo com diversos estudiosos das religiões, ela vem sendo mal utilizada e acabou se tornando uma marca dos autores de ataques jihadistas que abalaram a França na última década.


Desde que foi detido pela polícia, Mohammed Mogouchkov não explicou as razões do ataque. 


A DGSI (Direção-Geral de Segurança Interna), em uma investigação inicial, verificou que o pai do rapaz também havia sido atuado por radicalização e foi expulso do país em 2018. Além disso, o irmão dele está na prisão por ter participado de uma tentativa de invasão do Palácio Eliseu, a residência oficial do presidente da República Francesa. As informações são do ministro do Interior, Gérald Darmanin.  


Alerta máximo


Devido às características, essa ocorrência já é considerada um ataque islâmico, o que obrigou a França a reforçar a segurança em todo seu território. Desde sexta-feira, o país está em nível de alerta máximo, devido ao risco de novas ações, com a mobilização de 7.000 soldados até esta segunda-feira.


“Uma atmosfera de jihadismo, que levou ao ato, tem sido evidente desde o último sábado [7]”, falou o ministro Darmanin, em referência ao dia do ataque do Hamas contra Israel.


Além disso, o medo de mais ataques provocou a evacuação, neste sábado (14), do museu do Louvre e, mais tarde, do Palácio de Versalhes, por conta de falsos alarmes de perigo e alertas de bombas.






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