CNI e BusinessEurope assinam carta de apoio a acordo entre Mercosul e União Europeia


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União Europeia
Confederações dizem que há uma “janela de oportunidade” para a concretização do acordo entre Mercosul e União Europeia.| Foto: Dati Bendo/Comissão Europeia

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a
Confederação das Empresas Europeias (BusinessEurope) divulgaram nesta segunda
(12) uma carta conjunta em que apoiam a concretização do acordo comercial entre
o Mercosul e a União Europeia, parado há mais de duas décadas e emperrado por
questões ambientais.

A assinatura conjunta do documento se dá na esteira da visita da presidente da Comissão Europeia ao Brasil, Ursula von der Leyen, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terão uma reunião no Palácio do Planalto às 13h.

De acordo com o documento, a concretização do acordo vai criar uma das “maiores áreas de livre comércio do mundo que cobriria quase um quarto da economia global e 31% das exportações mundiais de bens”, além de “atingir a neutralidade climática” (veja na íntegra).

“A UE (União Europeia) e o Brasil têm tradicionalmente sido parceiros comerciais importantes. O comércio bilateral atingiu um valor recorde de quase € 90,5 bilhões (R$ 475,4 bilhões) no ano passado. Os investimentos também têm tido fortes laços, com a UE investindo mais de € 277 bilhões (R$ 1,4 trilhão) no Brasil e recebendo cerca de € 132 bilhões (R$ 693 bilhões) em investimentos diretos brasileiros, tornando o país o maior investidor latinoamericano na UE”, diz.

As duas entidades empresariais explicam, ainda,
que as relações bilaterais de comércio e investimento estão abaixo do potencial,
e que o momento geopolítico do mundo com aumentos nos preços de energia,
gargalos nas cadeias de suprimentos e “atritos geopolíticos que levam o mundo à
beira de uma nova onda de protecionismo” tornam o acordo ainda mais necessário.

“Estamos preocupados que essas circunstâncias
tenham exacerbado o lamentável declínio da relevância da relação comercial
UE-Brasil em favor de outros grandes concorrentes – situação na qual o Acordo
Mercosul-UE ajudaria a reavivar a relação comercial bilateral”, registram na
nota afirmando que a União Europeia responde hoje por apenas 16% das
importações globais no Brasil, ocupando apenas a terceira posição de
fornecedora ao país.

Por fim, a CNI e a BusinessEurope afirmam que há uma “janela de oportunidade” que precisa ser aproveitada “em direção à ratificação do acordo” durante as presidências rotativas da Suécia e Espanha na União Europeia e do Brasil no Mercosul.



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