A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou nesta quarta-feira (30) o relatório preliminar do senador Marcelo Castro (MDB-PI) do Projeto de Lei Orçamentária de 2023.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou nesta quarta-feira (30) o relatório preliminar do senador Marcelo Castro (MDB-PI) do Projeto de Lei Orçamentária de 2023.| Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou nesta quarta-feira (30) o relatório preliminar do senador Marcelo Castro (MDB-PI) do Projeto de Lei Orçamentária de 2023. O texto traz projeções de receita e despesa da ordem de R$ 5,2 trilhões no próximo ano. Desse total, R$ 2 trilhões são destinados para o refinanciamento da dívida pública. Apenas R$ 22 bilhões estão reservados para investimentos.

O texto aprovado foi apresentado pelo governo do presidente
Jair Bolsonaro (PL) e ainda pode ser modificado. O relatório final não tem data
para ser analisado e precisa ser aprovado pela CMO antes de seguir para votação
no plenário do Congresso Nacional.

A meta para o déficit primário do governo central em 2023
foi fixada em R$ 65,9 bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023,
o equivalente a 0,6% do PIB, com aumento em relação ao déficit primário apurado
em 2021 (0,41% do PIB). No Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA) de 2023, a
previsão é que o resultado primário do governo central seja um pouco menor do
que a meta da LDO (R$ 63,7 bilhões).

Na próxima fase, serão apreciados os relatórios setoriais, e
depois acontece a votação do relatório final, prevista para o dia 12 de
dezembro. No entanto, a necessidade de votar antes a mudança nas regras do teto
de gastos para manter o valor do Bolsa Família em R$ 600 no ano que vem deve
atrasar o cronograma.

Castro apontou que o Orçamento encaminhado pelo governo federal chegou ao Congresso cheio de “furos” e afirmou que cabe a deputados e senadores aprovarem a proposta de emenda à Constituição para garantir o Bolsa Família de R$ 600. Ele apontou que o orçamento de investimento do país é hoje similar ao do estado de São Paulo e defendeu um novo pacto para a revisão do teto de gastos.