Confiança da indústria segue negativa na região Sul


O fator que tem atuado como contrapeso são as expectativas para os próximos seis meses

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu em todas as regiões do Brasil, com exceção da região Norte. As principais altas ocorreram nas regiões Nordeste e Sul, que registraram avanços de, respectivamente, 1,3 ponto e 1,2 ponto. No entanto, o indicador na região Sul está em 48,8 pontos, ainda abaixo dos 50 pontos, patamar que indica confiança. Na região Norte, a confiança caiu 0,4 ponto. Passou de 53,4 pontos para 53 pontos. Já em todo o Brasil, o índice de confiança avançou em 21 de 29 setores da indústria e recuou nos oito setores restantes em julho. De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no mês, a indústria demonstra confiança em 20 de 29 setores, em todos os portes (pequenas, médias e grandes empresas). É o melhor resultado mensal da confiança da indústria desde novembro de 2022.

Dois setores se destacaram pelo alto aumento na confiança. No farmoquímicos e farmacêuticos o ICEI passou de 54,9 para 61,7 e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, que subiu de 46,0 para 50,1. O indicador varia de 0 a 100, valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. O setor de informática saiu de um estado de falta de confiança para um estado de confiança. Além dele, outros três setores fizeram o mesmo movimento: calçados e suas partes, produtos químicos e vestuário e acessórios. Apenas a metalurgia fez a transição contrária, da confiança para a falta de confiança.

“Quando observamos a composição do índice de confiança, o entendimento que as condições atuais da economia estão desfavoráveis é unânime entre as regiões, entre os diferentes portes industriais e é fortemente disseminado entre os setores. O fator que tem atuado como contrapeso são as expectativas para os próximos seis meses, em particular o componente de expectativa relativo às empresas, em que o otimismo abrange todos os portes, todas as regiões e praticamente quase todos os setores”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko. Os setores menos confiantes da economia são, com ICEI abaixo dos 50 pontos: madeira, produtos de borracha, móveis e produtos de minerais não-metálicos.



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