Consórcio da Engie arremata principal lote do leilão de transmissão
O grupo, liderado pela Engie, ofereceu um desconto de 48,1% sobre a remuneração pelo contrato
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizaram, nesta sexta-feira (27), na B3, em São Paulo, o segundo leilão de transmissão do ano. O consórcio da catarinense Engie arrematou o lote 1 de linhas de transmissão (veja detalhes no infográfico ao final desta reportagem), o principal do certame. A concessão inclui a construção de 780 quilômetros de linhas passando por Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, e investimentos da ordem de R$ 3 bilhões. O grupo ofereceu um desconto de 48,1% sobre a remuneração pelo contrato.
A Engie ofereceu uma proposta competitiva por ter conhecimento da região, onde já atua. “A companhia já tem o financiamento pré-estruturado e propostas firmes das construtoras e fornecedores que atuarão no projeto”, revelou Eduardo Sattamini, presidente da Engie Brasil, em coletiva depois do leilão. Os demais lotes, de porte menores, ficaram com a Taesa, que levou o de número 3, com deságio de 53,4%, e a Cox Brasil que conquistou o 4, com desconto de 55,5%. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 42 a 60 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
Devido às recentes enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, em maio, o MME, visando mitigar riscos de implantação e problemas operacionais em caso de eventos extremos, solicitou à Aneel a retirada do lote 2 do leilão desta sexta para que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) possa elaborar uma reavaliação dos traçados das linhas de transmissão e das localizações das subestações a serem implantadas no estado. A expectativa é que essas revisões nos estudos estejam concluídas até dezembro, e que estas obras, que permanecem necessárias no horizonte do planejamento, façam parte do próximo leilão, em 2025.