Criminosos virtuais chineses invadem ‘serviços essenciais’ nos Estados Unidos


Criminosos virtuais chineses invadiram os sistemas de computadores de cerca de 20 instalações dos Estados Unidos, em 2022. A informação é de uma reportagem do jornal norte-americano Washington Post, publicada na segunda-feira 11.

Entre os serviços comprometidos estariam uma empresa de serviços de água no Havaí, um porto na costa oeste dos EUA e sistemas de oleodutos e gasodutos.

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As autoridades norte-americanas informam que as invasões on-line seriam parte de um esforço maior para causar “pânico, caos ou interromper a logística em um possível conflito” entre o país e a China no Pacífico.

Os hackers também fizeram uma tentativa de invasão da operadora da rede elétrica do Texas, que funciona de forma independente do restante dos EUA.

Segundo o Washington Post, fontes relataram que várias entidades estrangeiras, como empresas de serviços elétricos, também tinham sido alvo desses ataques.

Ataque dos criminosos chineses não atingiu todos os sistemas dos Estados Unidos

De acordo com as autoridades norte-americanas, nenhuma das invasões impactou os sistemas de controle industrial responsáveis por operar bombas ou funções críticas, bem como não causou interrupções.

Os ataques miraram o Havaí, onde está a Frota do Pacífico, e pelo menos um porto e centros logísticos. A ação revela uma possível intenção de dificultar o envio de tropas e equipamentos à região, caso haja conflito com Taiwan.

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A operação, supostamente realizada pelo Exército chinês, faz parte da campanha cibernética conhecida como Tufão Volt, identificada pelo governo dos EUA no ano passado.

“É muito claro que as tentativas chinesas de comprometer infraestruturas críticas visam, em parte, a se posicionar antecipadamente para poder perturbar ou destruir essas infraestruturas críticas, no caso de um conflito”, afirmou Brandon Wales, diretor-executivo da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura.

Wales também disse que o ataque cibernético “representa uma mudança significativa em relação à atividade cibernética chinesa de sete a dez anos atrás, que estava principalmente focada em espionagem política e econômica”.

O tema dessas invasões cibernéticas chinesas estava na pauta da reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, realizada em novembro.

Conforme o Washington Post, no entanto, o tema não foi discutido durante o encontro de aproximadamente quatro horas.





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