Desemprego recua e chega a 8% da população no segundo trimestre do ano
A taxa de desemprego no trimestre de abril a junho de 2023 recuou 0,8 ponto percentual e chegou a 8% de acordo com dados da PNAD Contínua divulgados na manhã desta sexta (28). A chamada Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua aponta que 8,6 milhões de brasileiros estavam desempregados no período, uma queda de 14,2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado.
Já o número de pessoas ocupadas é de 98,9
milhões, um aumento de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% na anual.
Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa no
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explica que o recuo da
taxa de desocupação ocorreu após um crescimento no primeiro trimestre do ano.
“Esse movimento aponta para recuperação de
padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de
trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação,
saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, disse.
Segundo a coordenadora, a PNAD Contínua também revelou que o contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhão de pessoas, subindo 2,4% (mais 303 mil pessoas) na comparação trimestral. Houve estabilidade na comparação anual.
Já a quantidade de trabalhadores com carteira
assinada ficou estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, mas
com aumento de 2,8% (mais 991 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano
passado.
A taxa de informalidade foi de 39,2% no segundo
trimestre, ante uma taxa de 39% no primeiro trimestre, e de 40% no mesmo
período de 2022.
“O tipo de vínculo que se destaca como
responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da
informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, acrescenta Adriana.
Já o número de empregados no setor público (12,2
milhões de pessoas) cresceu 3,8% frente ao trimestre anterior, uma alta de 3,1%
na comparação com o mesmo trimestre de 2022, um acréscimo de 365 mil pessoas.
Na categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 25,2 milhões de pessoas, foi registrado estabilidade na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador, neste trimestre, apresentou uma redução de 491 mil pessoas.