Dino tenta justificar atuação de ministério, que sabia de atos


Um dia depois de Ibaneis Rocha, governador afastado do Distrito Federal (DF), revelar que o ministro da Justiça sabia das manifestações em Brasília, Flávio Dino tentou justificar pelas redes sociais a possível omissão da pasta.

Segundo Dino, “o Ministério da Justiça não comanda policiamento ostensivo nem segurança institucional. A não ser em caso de intervenção federal, que ocorreu na tarde do dia 8”, publicou em resposta às acusações.

Dino sabia, disse Ibaneis

Durante depoimento à Polícia Federal (PF) realizado na sexta-feira 13, Ibaneis disse ter recebido uma mensagem do ministro relatando preocupação com a chegada de manifestantes na capital federal.

Em ofício enviado no sábado 7 ao governador do DF, Flávio Dino revelou ter sido alertado pela PF. A corporação mencionou a “intensa movimentação de pessoas que, inconformadas com o resultado das eleições de 2022”, organizavam caravanas de ônibus para Brasília.

“O referido movimento teria a intenção de promover ações hostis e danos contra os prédios públicos dos ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral”, alertou o ministro, no documento divulgado pelo site O Antagonista.

Intervenção federal no DF

A intervenção federal foi instalada por Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de domingo, depois das invasões às sedes dos três Poderes. O documento é válido até 31 de janeiro.

Na ocasião, Dino apontou a responsabilidade do governo do DF pelo policiamento da região. “Quem tem que fazer a segurança do DF é a polícia do DF, que não fez. Por incompetência e má-fé das pessoas que cuidam da segurança do DF”, disse ao anunciar a intervenção.





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