Ecovix aprova aditivo ao seu plano de recuperação judicial


Uma das dificuldades apontadas para justificar o projeto de restruturação, via aditivo ao plano de recuperação, é a redução do conteúdo local em 25%

O Grupo Ecovix informou que o aditivo ao seu plano de recuperação judicial foi aprovado por seus credores e, agora, aguarda a homologação judicial. O avanço ocorre em um momento estratégico para o setor, já que o governo federal sinalizou que pretende retomar o desenvolvimento da indústria naval no Brasil. O Estaleiro Rio Grande, localizado no município gaúcho de mesmo nome, possui um dos melhores ativos para construções de plataformas do país e vem realizando diversas operações — o que sinaliza a retomada gradual das suas atividades.

O aditivo ao plano de recuperação foi proposto para viabilizar ajustes ao projeto de restruturação do Grupo Ecovix. Em Assembleia geral de credores realizada na segunda-feira (23), a proposta foi aprovada por 73% dos credores quirografários e por 100% dos credores microempresas ou empresas de pequeno porte. Uma das dificuldades apontadas para justificar o projeto de restruturação, via aditivo ao plano de recuperação, é a redução do conteúdo local em 25%. “Para o Rio Grande do Sul, a aprovação do aditivo é um marco fundamental, que simboliza uma nova fase de mais esperança. O Estaleiro Rio Grande tem passado por reformas e constantes manutenções. Atualmente, é o maior dique seco da América Latina”, destaca o diretor-geral da Ecovix, Robson Passos.

Histórico
Durante o andamento do processo de recuperação judicial, o Grupo Ecovix retomou as atividades navais, em agosto de 2021. Na ocasião, foi feito o reparo do navio Siem Helix I, embarcação de estimulação de poços, que operava na Bacia de Campos. O trabalho durou cerca de 45 dias, contou com a parceria da empresa DockBrasil, do Rio de Janeiro, e gerou 500 empregos. De lá pra cá já foram realizados mais cinco reparos de embarcações. Além dos serviços de reparos, a Ecovix também tem utilizado a estrutura como terminal portuário. Um exemplo é que, em setembro de 2020, o empreendimento sediou o maior embarque de animais vivos da história local, com 26 mil cabeças de gado exportadas para Turquia e Líbano.



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