Empresários do Sul registram falta de confiança na economia
A confiança caiu em todos os portes de empresa
A confiança do setor industrial recuou em todas as regiões do Brasil. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste as quedas do ICEI foram maiores: 9,9, 8,7 e 7,8 pontos, respectivamente. Nas regiões Norte e Nordeste as quedas também foram expressivas: 6,0 e 6,2 pontos, respectivamente. No entanto, apenas na região Sul, o ICEI ficou abaixo da linha de corte, em 49 pontos. No total, 29 setores da indústria brasileira analisados registraram queda forte e disseminada da confiança na passagem de outubro para novembro de 2022, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial por setor (ICEI – Resultados Setoriais), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foram entrevistadas 2.132 empresas, sendo 846 de pequeno porte, 772 de médio porte e 514 de grande porte, entre 1º e 10 de novembro.
O setor de produtos de madeira, por exemplo, teve o maior recuo. O indicador caiu 14,1 pontos entre outubro e novembro, quando passou de 59,1 pontos para 45 pontos. A queda reflete a avaliação negativa do momento atual e expectativas negativas para os próximos seis meses. A última vez que empresários da área mostraram falta de confiança foi em julho de 2020. Naquele mês, o ICEI despencou em 16 setores industriais devido às medidas de restrição provocadas pelo Covid-19. O ICEI varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. Valores abaixo de 50 pontos indicam desconfiança.
Além de madeira, os setores que cruzaram para baixo a linha divisória de 50 pontos na passagem de outubro para novembro deste ano são: couro e móveis, que perderam 12,7 pontos cada um; celulose, papel e produtos de papel viram o índice cair 11,6 pontos; produtos de material plástico registrou queda de 11 pontos; máquinas e equipamentos perdeu 8 pontos e produtos de borracha observou queda de 7,4 pontos de confiança. Mesmo com a queda no ICEI, há 21 setores com confiança. Os mais confiantes são produtos farmoquímicos e farmacêuticos com 57,8 pontos, bebidas com 55,4 pontos, químicos, com 55 pontos e obras de infraestrutura, com 54,5 pontos.
A confiança também caiu em indústrias de pequeno, médio e grande porte. O maior recuo foi registrado nas empresas de médio porte, cujo ICEI caiu 10 pontos. Nas pequenas e grandes empresas, as quedas foram de 7,4 pontos e 7,7 pontos, respectivamente.