Especialistas apontam as melhores formas de enganar o cérebro para diminuir a preguiça de treinar – Notícias
Os benefícios do exercício não são segredo para ninguém. Porém, inevitavelmente, há dias em que falta motivação para sair de casa. A situação não é um problema, mas especialistas revelam que há um ponto negligenciado que pode ajudar a driblar essa indisposição: a mente.
Existem ferramentas que podem “enganar” o cérebro e aumentar a motivação para ir à academia, por exemplo.
Por essa razão, especialistas definem quatro formas de confundir o cerébro e melhorar o desempenho nos exercícios.
1. Jogos
A neurocientista e treinadora de desempenho mental em Los Angeles, Daya Grant afirmou que o cérebro gosta de participar de brincadeiras, principalmente se elas forem difíceis e acompanhadas de recompensas.
Sendo assim, as pessoas podem usar isso a seu favor. Esse é o caso do treinador Milo Bryant, de San Diego, que faz os alunos sortearem exercícios durante as aulas coletivas.
“Eles tiram um exercício de um saco e uma contagem de repetições do outro e o que quer que apareça, é o que eles fazem”, disse Bryant, ao jornal americano The New York Times.
De forma parecida, o aplicativo Zombies, Run! desafia seus usuários com “missões” durante as corridas, que vão desde alterações de rota para pegar “suprimentos” a correr para fugir de um zumbi. A ferramenta dá os comandos por meio do fone de ouvido.
Nessa linha, o aplicativo Rouvy faz conexão com um smart trainer – equipamento que controla a resistência da bicicleta ao pedalar – e permite que uma bicicleta comum se torne uma ergométrica, levando a pessoa a um passeio virtual em qualquer lugar do mundo.
2. Treino personalizado
Manter um treino feito sob medida à sua realidade pode dar o empurrãozinho necessário para o início dos exercícios.
Naturalmente, os personal trainers são uma forma de conseguir atingir esse feito. Mas há também a possibilidade de confiar em aplicativos, como o Stronger by the Day, onde treinadores acessam seus dados de condicionamento físico e criam um treino individual.
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Pam Moore, instrutora de ciclismo em Boulder, no Colorado, revela que ficou “obcecada” pela ferramenta. “Simplesmente aparecendo e fazendo o que dizia, fiquei muito mais forte”, afirma.
Segundo Panteleimon Ekkekakis, psicólogo do exercício na Michigan State University, outra forma de tornar a prática de exercícios mais prazerosa é inverter a ordem dos exercícios. “Fazer a parte mais difícil logo no início, após um bom aquecimento, e reduzir gradualmente a intensidade – para que você saia da sessão com a melhor memória possível”, orienta.
3. Associe o treino a um hábito
Os especialistas revelam que os hábitos ficam programados no cérebro humano. Portanto, uma forma de evitar a desmotivação para treinar é associar o exercício a um hábito diário, como orienta Ben Reale, personal trainer de Atlanta.
Reale exemplifica que, se os pais deixam os filhos na escola às 8h, podem desenvolver o costume de estar na academia às 8h15.
Para aqueles que ainda assim enfrentam dificuldades, o treino pode ser combinado a uma atividade prazerosa, como assistir a sua série preferida. A medida pode ser ainda mais efetiva se essa atividade ficar restrita aos momentos do treino, disse Katy Milkman, cientista comportamental da Universidade da Pensilvânia.
“Então você apenas se dedica às séries de TV ou escuta seus romances de vampiros na academia”, afirma Milkman.
4. Assuma um compromisso emocional
Para os especialistas, o truque psicológico mais eficaz para a criação de constância no exercício é inscrever-se em alguma atividade que exija planejamento, como uma corrida de 5 km ou um torneio de tênis.
“Quando estamos treinando para alguma coisa, isso dá a cada treino um objetivo”, relata Bryant. Portanto, estabelecer pequenas metas, atingi-las e até mesmo ultrapassá-las é essencial.
Mas não esqueça de escolher algo que funciona à sua realidade, mesmo que isso possa mudar ao longo do tempo.
“É por isso que algumas pessoas correm maratonas por causas ou dedicam cada quilômetro a uma pessoa específica”, finaliza Grant.
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