EUA liberam documentos sobre assassinato do presidente Kennedy – Notícias





Os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos liberaram, nesta quinta-feira (15), milhares de documentos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963. Segundo os Arquivos Nacionais, foram divulgados 12.879 arquivos, mas a Casa Branca impediu a publicação de outros milhares, alegando razões de segurança nacional.


De acordo com a fonte, foram liberados 97% dos registros, que somam aproximadamente 5 milhões de páginas. O presidente americano, Joe Biden, comentou em um memorando que continuará mantendo em sigilo uma quantidade “limitada” de documentos.


“O adiamento temporário contínuo da divulgação pública desta informação é necessário para nos proteger de um dano identificável à defesa militar, às operações de Inteligência, à aplicação da lei ou à condução das Relações Exteriores”, disse o chefe de Estado.


A Comissão Warren, que investigou o ataque a tiros contra o carismático presidente de 46 anos, determinou que o crime foi obra de um antigo franco-atirador da Marinha, Lee Harvey Oswald, que agiu sozinho.





No entanto, essa conclusão formal foi insuficiente para sufocar a especulação de que um complô mais sinistro estaria por trás do assassinato do 35º presidente dos Estados Unidos.


Os estudiosos de Kennedy afirmam que é pouco provável que os documentos que ainda estão conservados nos arquivos contenham revelações explosivas ou ponham fim às teorias conspiratórias sobre o assassinato.


Oswald desertou para a União Soviética em 1959, mas retornou aos Estados Unidos em 1962. Foi assassinado a tiros dois dias depois de matar Kennedy pelo proprietário de uma casa noturna, Jack Ruby, quando estava sendo transferido para a prisão da cidade.


Um número significativo dos arquivos publicados nesta quinta-feira está relacionado com Oswald, as viagens internacionais que fez e contatos nas semanas, meses e anos prévios ao assassinato de Kennedy.


Centenas de livros e filmes, como o longa de Oliver Stone JFK (1991), alimentaram a indústria da conspiração, apontando o dedo para os rivais da Guerra Fria — União Soviética e Cuba —, a máfia e, inclusive, o vice-presidente de Kennedy, Lyndon Johnson.





A publicação dos documentos cumpre com uma lei do Congresso de 26 de outubro de 1992 segundo a qual os registros de assassinatos que estão nos Arquivos Nacionais devem ser publicados na íntegra e sem edição 25 anos depois.


Milhares de documentos relacionados com o assassinato de Kennedy nos Arquivos Nacionais foram publicados durante o mandato de Donald Trump, mas o ex-presidente também manteve o sigilo de outros por motivos de segurança nacional.





Source link