EUA oferecem até R$ 26 milhões informações que levem à captura do líder rebelde congolês – Notícias



Os Estados Unidos estão oferecendo uma recompensa de até US$ 5 milhões, mais de R$ 26 milhões, por informações que levem à captura de Seka Musa Baluku, líder das Forças Democráticas Aliadas (ADF), um dos grupos mais letais que operam no leste da República Democrática do Congo (RDC).


“Sob a liderança de Seka Musa Baluku, o ISIS-RDC ataca, mata, mutila, estupra e comete outros atos de violência sexual e realiza sequestros de civis, incluindo menores”, disse o Departamento de Estado americano em um comunicado.


O governo americano fez assim referência à possível ligação entre essas milícias e o Estado Islâmico (EI ou ISIS, em inglês), que por vezes assume a autoria dos seus ataques.



Embora os especialistas do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado evidências de apoio direto do EI às ADF, Washington as identificou desde março de 2021 como “uma organização terrorista” afiliada ao grupo jihadista.


O Departamento de Estado também denominou Baluku como um “terrorista global especialmente designado” na época, permitindo que as autoridades apreendessem seus bens e proibissem transações financeiras com ele.


Da mesma forma, o Conselho de Segurança da ONU sancionou o grupo em 2014 e Baluku, especificamente, em 2020.



As ADF são um grupo rebelde de origem ugandense, mas atualmente têm suas bases nas províncias de Kivu do Norte e na vizinha Ituri, perto da fronteira que a República Democrática do Congo divide com Uganda.


As autoridades de Uganda acusaram o grupo de organizar ataques dentro de seu território, incluindo dois atentados suicidas em Kampala em novembro de 2021 e assassinatos – ou tentativas de assassinato – de funcionários de alto escalão.


Para neutralizar as ADF, os Exércitos da RDC e de Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em solo congolês no final de novembro de 2021, que ainda está em andamento, embora os ataques rebeldes não tenham parado.


De acordo com o Barômetro de Segurança do Kivu (KST), as ADF foram responsáveis por 3.375 mortes em 640 ataques na RDC desde 2017.


Desde 1998, o leste da RDC está atolado em um conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo Exército, apesar da presença da missão da ONU (Monusco), com 16.000 militares uniformizados no terreno.



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