Ex-assessor acusa Janones de crimes além da ‘rachadinha’


O ex-assessor de André Janones (Avantes-MG) fez mais uma acusação contra o deputado federal. Além do crime de rachadinha, Fabrício Ferreira de Oliveira denunciou um esquema milionário de shows sem licitações no município de Ituiutaba, no interior de Minas Gerais. A cidade está sob o comando da prefeita Leandra Guedes, ex-assessora e ex-namorada do parlamentar.

Oliveira levou as informações à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR), dando suprimento para uma abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado.

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De acordo com o site Metrópoles, ex-assessor acusou o político de “falcatruas envolvendo shows milionários promovidos com dinheiro público, sem licitação, em Ituiutaba”, que é um reduto eleitoral de Janones. A prefeita Leandra Guedes também seria integrante do esquema de devolução de salários.

Segundo Oliveira, a contratação de grandes artistas, como Gusttavo Lima, Alok, Jorge & Mateus, Zezé Di Camargo & Luciano, para realizarem shows na cidade tiveram “fortes indícios de desvio de erário público”. Os pagamentos teriam sido feitos pelo deputado por meio de emendas parlamentares. 

Confira: “Rachadinha: Câmara avança com pedido de cassação de Janones”

O ex-assessor afirmou também que um grupo ligado a Janones ficava responsável pela venda de ingressos e bebidas nos eventos promovidos pela prefeitura.

“A comercialização não poderia ocorrer, uma vez que tais eventos foram organizados com verba pública”, afirmou. 

Prefeitura da ex-namorada recebeu R$ 58,4 milhões 

janones emendas shows | Prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes, e o deputado federal André Janones | Foto: Reprodução/Instagram/leandraguedes
Prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes, com o deputado federal André Janones | Foto: Reprodução/Instagram/@leandraguedes

Nos últimos quatro anos, o deputado federal priorizou a Prefeitura de Ituiutaba para destinar 76% das suas emendas parlamentares. O parlamentar destinou cerca de R$ 58,4 milhões para a pequena cidade, que tem pouco mais de 102 mil habitantes.

Desse montante, houve um repasse de R$ 25 milhões por meio da Emenda Pix (um mecanismo sem transparência nem fiscalização), segundo o jornal O Estado de S. Paulo.



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