Expectativa de inflação em 2025 sobe pela 18ª semana seguida e alcança 5,6%



Os agentes do mercado financeiro elevaram novamente a expectativa de inflação para este ano pela 18ª semana seguida, chegando a 5,6% acima do teto da meta de inflação de 4,5%, de acordo com dados do Relatório Focus, do Banco Central, desta segunda (17).

Com isso, a inflação dos próximos três anos também foi impactada por este novo aumento (veja na íntegra):

  • 2026: 4,35%;
  • 2027: 4%;
  • 2028: 3,8%.

Para os próximos três anos, o PIB deve continuar crescendo menos do que o estimado para 2025:

  • 2026: 1,7%;
  • 2027: 1,98%;
  • 2028: 2%.

Por outro lado, a expectativa dos agentes ouvidos pelo Banco Central é de que o câmbio do dólar se manterá na casa dos R$ 6 neste ano e em 2026, caindo para R$ 5,90 em 2027 e em 2028.

E a taxa básica de juros deve se confirmar em 15% neste ano, aumentando em 1,75% dos atuais 13,25%. A expectativa é de que os próximos aumentos ocorram nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em março e em maio.

Estes próximos dois aumentos já são esperados pelo governo, embora criticados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que afirma terem sido acertados ainda durante o mandato do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no fim do ano passado.

“Ele foi o cidadão que teve o comportamento muito anti-Brasil no Banco Central. Ele falava mal do Brasil o tempo inteiro, passava descrédito para os empresários inclusive no exterior e foi aumentando cada vez mais a taxa de juros”, disse Lula na semana passada a uma rádio do Amapá.

De acordo com Lula, Campos Neto elevou a taxa básica de juros num nível que não é possível baixar imediatamente e que, por isso, o seu novo presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, não pode simplesmente dar uma canetada como um “cavalo de pau” na economia.

“Não é possível você imaginar um país do tamanho do Brasil e dar um ‘cavalo de pau’, um navio do tamanho do Brasil num mar revolto como está no mundo. Temos que ir ajustando as coisas e eu tenho certeza que o Gabriel Galípolo vai consertar a taxa de juros nesse país, e temos que dar a ele o tempo necessário para fazer as coisas”, completou.

A taxa básica de juros é um dos principais instrumentos do Banco Central para baixar a inflação dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% com tolerância de até 4,5%.



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