FMI sugere mudanças na política de covid zero da China


A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, sugeriu que a China reveja a política de covid zero, que mesmo três anos depois da pandemia continua impondo amplos e rígidos confinamentos e obrigando a população a fazer testes em massa.

Essas regras devem ser revistas, afirmou Kristalina, “exatamente por causa do impacto que têm nas pessoas e na economia”. Na economia, o impacto é o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que será de apenas 3,2%, conforme projeção do FMI. Esse volume é abaixo da média global, e assustadoramente baixo para a China, que cresceu a uma taxa média de 10% nos últimos dez anos.

Segundo Kristalina, é hora de a China se afastar dos lockdowns maciços e adotar uma política mais direcionada. Como sugestão, disse que o país de Xi Jinping deveria “dar atenção à vacinação, focando em imunizar as pessoas mais vulneráveis”.

Não bastasse a crise econômica, a China começa a viver um momento de insatisfação social. No último fim de semana, houve manifestações em várias cidades, incluindo a capital, Pequim, e Xangai. Os protestos foram censurados nas redes sociais e reprimidos. Protestos na China, que vive sob a ditadura do Partido Comunista Chinês, são raros.

Essa onda registrada no fim de semana começou depois que dez pessoas morreram em um incêndio e atribuem aos rígidos bloqueios da covid zero a falta de socorro às vítimas.

 





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