governo baixa para 1,91% ao mês
O governo baixou o teto dos juros do crédito consignado a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que caiu de 1,97% ao mês para 1,91%. As contratações feitas pelo cartão de crédito também foram impactadas. A taxa caiu de de 2,89% para 2,83% ao mês.
A justificativa do ministro da Previdência, Carlos Lupi, era a redução da Selic. No dia 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o ciclo de baixa, levando a taxa básica de 13.75% para 13,25% ao ano.
Segundo levantamento do Banco Central, 24 das instituições credenciadas a operar crédito consignado trabalham com taxas iguais ou inferiores a 1,91% ao ano, incluindo três dos cinco maiores bancos (Bradesco, Caixa e Santander).
Tentativa de canetada nos juros do consignado fracassou em março
Em março, uma canetada
do governo para baixar os juros do crédito consignado a aposentados e pensionistas,
uma tentativa de reduzir “na marra” o custo do dinheiro, complicou a situação de
quem precisava de crédito.
Em 13 de março, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) forçou uma redução do teto da taxa de 2,14% para 1,70% ao mês, mas teve de voltar atrás. A medida “secou” a modalidade de crédito. Pelo menos dez instituições, entre elas o BB e a Caixa, suspenderam a oferta do consignado, com o argumento de que o novo teto inviabilizaria as operações.
O resultado foi que, na falta desse recurso mais em conta, muitos
tiveram de apelar a linhas emergenciais de crédito, como o cheque especial e o
rotativo do cartão de crédito. “É natural que o mercado se retraia em momentos
como esse, disse, na ocasião, Sílvio Campos Neto, economista e sócio da
Tendências Consultoria.
A solução para o problema demorou mais de duas semanas para sair. O CNPS referendou, em 28 de março, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fixar o teto dos juros em 1,97%.