governo despreza o agro e faz guerra de narrativas com Plano Safra



O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), que presidente a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), uma das maiores bancadas do Congresso Nacional, afirmou que o governo federal despreza o agronegócio com a suspensão do Plano Safra por falta de recursos para equalizar os juros subsidiados.

“[A decisão] nos leva a aquele ponto em que a gente achou que nunca chegaria: o ponto total do desprezo de um governo que não tem responsabilidade fiscal, um governo que não sabe gastar, um governo que gasta muito mais que arrecada, que perdeu a mão na economia. Aliás, perdeu a credibilidade na economia e isso fez com que a inflação voltasse com tudo, com que o câmbio ficasse completamente descontrolado e, mais do que isso, uma taxa de juros que era tão criticada por eles, cada dia maior”, disparou.

Pedro Lupion afirma que o governo tenta criar uma “guerra de narrativas” ao culpar o Congresso pelo atraso da votação do Orçamento, que fez os gastos públicos ficarem engessados. Na verdade, diz, isso corre por “total inabilidade política deste governo”.

“Que se sustenta única e exclusivamente por vivemos num presidencialismo que não tem base, que não tem parlamentares que o apoiam, que não consegue vencer uma votação dentro do Congresso. Aí vem outras narrativas, ‘o agro ganha demais, porque o agro precisa sempre estar chorando, porque o agro é o culpado da inflação’”, emendou.

O presidente da FPA pontuou que os produtores investem quase R$ 1 trilhão no campo e que o governo “tem uma participação importante e necessária para aqueles que não conseguem acessar” os recursos. Lupion ressalta que o Plano Safra não é uma política desse governo, e sim de Estado e “necessário”.

Lupion ressaltou que o corte nas linhas de crédito ocorre no momento em que os produtores estão se preparando para um novo plantio e para a safrinha, “quando a gente precisa conseguir acessar esse dinheiro para poder financiar as nossas lavouras, trocar o maquinário, vencer as dificuldades logísticas e de infraestrutura que a gente tem por todo o Brasil”.

“É muito triste ver que ainda tentam se justificar com uma guerra de narrativas completamente absurda, como se o agro ganhasse demais, como se a inflação dos alimentos [com] o ovo caro, a carne cara, o café caro, os produtos caros da gôndola do mercado fossem ganho direto para os produtores rurais. Isso não vai para o bolso do produtor”, pontuou na crítica.

De acordo com ele, isso é gerado por uma economia fraca que gera inflação, desconfiança do mercado financeiro, falta de credibilidade e de um governo que não sabe lidar com política macroeconômica e “perdeu completamente a mão”.

Como resposta, o Ministério da Fazenda afirmou que o ministro Fernando Haddad encaminhará um ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) “em busca de respaldo técnico e legal para a imediata retomada das linhas de crédito com recursos equalizados do Plano Safra 24/25”.

“As linhas foram suspensas pelo Tesouro Nacional por necessidade legal, devido à não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025. Vale ressaltar que o Pronaf, que atende os pequenos agricultores, segue operando”, indicou.



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