Governo sandinista da Nicarágua deixa Organização dos Estados Americanos e critica EUA – Notícias





O governo da Nicarágua anunciou nesta segunda-feira em Manágua que não faz mais parte do que qualificou como “infame organização chamada OEA (Organização dos Estados Americanos)”, acusando-a de ser “instrumento de intervenção do governo hegemônico unipolar e decadente dos Estados Unidos e responsável pelos golpes de Estado no hemisfério”.


“Estamos nos retirando definitivamente. A Nicarágua não tem mais nenhuma relação, não somos mais membros dessa organização infame chamada OEA”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, Denis Moncada, em mensagem por ocasião da saída do país da Organização dos Estados Americanos (OEA), que entrou em vigor no domingo (19).





O governo sandinista apresentou um pedido formal para deixar a OEA há dois anos, depois que a Assembleia Geral de Ministros das Relações Exteriores da organização desqualificou as eleições nas quais o presidente Daniel Ortega, no poder desde 2007, foi reeleito para um quinto e quarto mandatos consecutivos, com seus principais concorrentes na prisão.


“A OEA continua a ser o Ministério das Colônias projetado e organizado pela potência norte-americana para encobrir e justificar suas ações agressivas, violando o direito internacional contra os povos e governos progressistas e revolucionários da América Latina e do Caribe”, declarou Moncada.


No caso da Nicarágua, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, “a OEA tem agido repetidamente de forma interferente, transgredindo os princípios de não intervenção em assuntos internos, o respeito à soberania dos Estados e o direito dos povos de escolher livremente seu destino, princípios reconhecidos pelo direito internacional e contidos em sua carta fundadora”.


“Essa ação intervencionista foi demonstrada por seu envolvimento e ação tendenciosa no golpe de Estado fracassado na Nicarágua em 2018”, declarou Moncada.


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