Grande júri de caso contra Donald Trump não vai mais se reunir nesta semana – Notícias

O grande júri encarregado de analisar as acusações apresentadas no Tribunal Penal de Manhattan, em Nova York, contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e relacionadas à investigação sobre um suposto suborno à atriz pornô Stormy Daniels em 2016 não vai mais se reunir nesta semana.

Não haverá nenhum depoimento, deliberação ou voto do grande júri no caso no restante da semana, disse uma fonte ao portal Business Insider. A informação foi posteriormente confirmada por outros veículos de imprensa americanos.

O grande júri, de 23 membros, tem estudado às segundas, quartas e quintas-feiras documentos apresentados pela promotoria do caso desde meados de janeiro sobre o suposto envolvimento do ex-presidente — e atual candidato às primárias do Partido Republicano visando as eleições de 2024 — pelo suposto envolvimento no pagamento de suborno a Daniels.

Entretanto, nem hoje nem ontem o júri se reuniu, tendo feito um último encontro na segunda-feira (20), quando ouviu o depoimento de Robert Costello, que era conselheiro jurídico do advogado pessoal de Trump, Michael Cohen.

De acordo com o jornal The New York Times, o júri ainda poderia ouvir ao menos mais uma testemunha antes de ser convocado a dar o veredito.

No último dia 18, Trump afirmou nas redes sociais que seria preso três dias depois (na última terça-feira, 21), o que não aconteceu. Desde o dia 20, o Tribunal Penal de Manhattan tem contado com grande presença de jornalistas dos EUA e de outros países e com um esquema de segurança montado pela polícia.

O caso que envolve a atriz pornô dura quase cinco anos e tem como centro um pagamento de US$ 130 mil a Daniels em 2016, durante a campanha eleitoral que acabou levando Trump à Casa Branca, supostamente em troca do silêncio da americana sobre uma relação sexual que teria ocorrido entre eles anos antes e que é negada pelo político.

O grande júri deve decidir se vai processar o ex-presidente. Se isso acontecer, Trump se tornará o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar uma acusação criminal.

Até agora, as autoridades têm mantido silêncio sobre qualquer notícia em relação ao grande júri do Tribunal Penal de Manhattan, cujos procedimentos são conduzidos fora do alcance público. Por sua vez, o ex-presidente alega ser vítima de uma “caça às bruxas” por parte do Partido Democrata, do atual chefe do governo americano, Joe Biden.