Homem diagnosticado com Covid longa descobre tumor cerebral raro que ‘vinha crescendo há 10 anos’ – Notícias



Grant Churnin-Ritchie, de 42 anos, foi diagnosticado com Covid-19 em julho de 2021. Desde então, enfrentou o que aparentava ser um quadro de Covid longa (quando os sintomas se prolongam por três meses após infecção). Recentemente, no entanto, descobriu que o cansaço constante e a sensação de formigamento que sentia no braço direito eram, na realidade, frutos de um tumor cerebral que crescia há 10 anos.


O homem passou meses enfrentando consultas médicas e recebendo o mesmo diagnóstico: Covid longa. Mas ele tinha certeza de que se tratava de uma condição mais complexa. 



“Eu continuei indo ao meu médico, que disse que eu tinha Covid há muito tempo. Isso durou vários meses, mas eu realmente não me sentia bem comigo mesmo e sentia que era algo mais sério”, contou ao tabloide britânico Mirror. 


Foi neste momento que ele exigiu um encaminhamento para a realização de um exame de sangue, e acabou sendo submetido a um eletrocardiograma e ressonância magnética.


“Fiz exames de sangue e um eletrocardiograma no Hospital Seacroft em Leeds, que revelou um batimento cardíaco anormal”, lembrou. 


Churnin-Ritchie então descobriu que tinha insuficiência adrenal (glândula adrenal não produz hormônios suficientes) e hipotireoidismo (deficiência no hormônio da tireoide). 


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Havia duas opções de diagnóstico que poderiam explicar essas condições: Covid longa ou um tumor hipofisário (afeta a glândula pituitária, órgão minúsculo do cérebro que controla o crescimento e o desenvolvimento). 


“Uma ressonância magnética confirmou que era um tumor cerebral que, provavelmente, vinha crescendo há 10 anos”, contou. 


De acordo com o hospital A.C. Camargo, referência no tratamento de câncer, esses adenomas da hipófise são considerados raros e representam cerca de 15% dos tumores intracranianos.



Após uma espera de quase um ano, no dia 16 de janeiro de 2023, ele removeu o tumor por meio de uma cirurgia.


“Logo depois, comecei a me sentir muito melhor. A remoção do tumor permitiu que parte da glândula adrenal começasse a funcionar novamente. Apesar de agora ter que tomar remédios, posso levar uma vida normal”, celebrou.


Grant ainda vive com 20% de chance de o tumor voltar a crescer, mas seguirá acompanhando o quadro. “Eu tenho uma ressonância magnética em julho, então devo saber mais”, afirmou.


Para além dos hospitais, o homem já conseguiu correr uma meia maratona (cerca de 21 km) para arrecadar fundos para a pesquisa de tumores cerebrais (Brain Tumor Research).


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