Imposto sobre fortunas é aceno do governo para base radical
A discussão sobre a taxação de grandes fortunas, que voltou à cena por conta da necessidade de arrecadação do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, é apenas uma forma de o governo falar com sua ala mais radical.
A avaliação é do economista Fernando Ulrich, da Liberta Investimentos, que alerta que nada parecido com o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) vai ajudar o governo a “fechar as contas”. “Sem se dispor a cortar gastos, não há como o governo atingir as metas fiscais previstas”, avalia.
Para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, prevista no arcabouço fiscal, o governo precisa de um aumento de arrecadação de pelo menos R$ 100 bilhões.
“Com o IGF, o governo está falando para sua base mais radical. É um desejo da esquerda mundial, mais por ideologia do que por resultado ou potencial arrecadatório”, afirma Ulrich.