Indústria de confecção lidera crescimento até março em SC
Setor de confecção é o segundo que mais gera empregos formais (foto: Plínio Bordin)
De janeiro a março de 2023, a produção industrial catarinense cresceu 2,2% em relação ao quarto trimestre de 2022. O bom resultado está associado à recuperação, parcial ou total, de vários setores, como é o caso da indústria de confecção, que cresceu 16% no período analisado, segundo dados do Observatório Fiesc. Na indústria, o setor de confecção é o segundo que mais gera empregos formais, atrás apenas da fabricação de alimentos. Em 2021, a indústria de vestuário representou 4,2% de todos os postos formais de trabalho do estado e 12,1% dos empregos industriais. Na visão da Fiesc, o crescimento da indústria de confecção está atrelado à desaceleração dos preços no setor, que foi muito prejudicado por problemas de oferta nos últimos anos. Além disso, o consumo das famílias tem sustentado a atividade econômica no início de 2023.
A confecção movimenta uma ampla rede de indústrias no estado, com destaque para as pequenas unidades produtivas que prestam serviços para outras empresas de vestuário, tanto da indústria, quanto do comércio. O desempenho dessas empresas tem contribuído para os bons resultados do mercado de trabalho catarinense. Somente até março, as microindústrias de confecção geraram 3.398 novos empregos formais em solo catarinense, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. A produção industrial também foi incentivada pelo crescimento na atividade econômica dos setores de equipamentos elétricos (9,3%) e de produtos químicos (3,4%). “A expansão desses setores foi estimulada pelas vendas externas, principalmente para os países da América do Norte, Mercosul e Europa, com o aumento das exportações de transformadores e painéis para comando elétrico, gelatina, óleos para uso industrial, entre outros”, ressalta Camila Morais, economista do Observatório Fiesc.