Jovem que não conseguia emagrecer descobre doença que atinge uma em cada dez mulheres – Notícias
Após assistir vídeos no YouTube, a norte-americana Alisa Vandercruyssen, de 28 anos, descobriu que sua dificuldade de emagrecer era motivada, na realidade, por uma doença crônica e progressiva.
Foram anos em um estilo de vida ativo e saudável, com dieta e exercícios, para tentar contornar o que era caracterizado pelos médicos como um “problema de peso”. Alisa chegou a usar o Ozempic por seis meses para perder peso, mas as pernas, os braços e o abdômen continuaram aumentando.
“Antes do diagnóstico, pensei que tinha apenas pernas mais grossas e celulite”, contou ao tabloide britânico Daily Mail.
Apesar dos esforços para emagrecer, Alisa percebia nas fotos de “antes e depois” que o quadro não melhorava, na realidade, parecia pior a cada ano. A jovem também sentia muita dor, principalmente nas pernas.
“Eu tinha um personal trainer. […] Também tinha uma dieta rigorosa e ainda não conseguia controlar isso. Estava tentando cozinhar muitas coisas, muitos vegetais, mais proteína do que qualquer coisa”, relatou.
Em 2022 ela encontrou a resposta que procurava em vídeos no YouTube: poderia ser lipedema. O diagnóstico foi confirmado pelos médicos posteriormente.
“Foi um grande alívio quando fui diagnosticada, mas, ao mesmo tempo, foi triste porque pensei que poderia ter me divertido muito mais, porque estava muito focada na aparência”, lamentou Alisa.
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O lipedema se trata, segundo a SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular), de um doença crônica e progressiva que causa uma deposição (acúmulo) desproporcional de gordura nos membros superiores e, em determinados casos, nos membros superiores.
É uma condição que atinge, em sua maioria e quase exclusivamente, mulheres. De acordo com a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), o lipedema afeta uma em cada dez mulheres, o que totaliza em torno de 5 milhões de brasileiras.
Ainda não há uma determinação exata sobre as possíveis causas da doença.
“[Minhas pernas] parecem irregulares à medida que os nódulos [acúmulo de gordura] se formam. É como tumores se formando sob sua pele. Todos os lugares gordurosos pareciam assim”, disse.
Alisa estima que, desde os 17 anos, deve ter ganhado cerca de 22 kg em razão do lipedema.
Para remover toda a gordura, a jovem terá de ser submetida a seis cirurgias de lipoaspiração assistida por água (o jato de água “quebra” os nódulos, que depois são sugados).
Atualmente, Alisa fez apenas uma lipoaspiração.
“Ele [nódulo] fica diretamente sob a pele e é muito fácil de alcançar. Eles não precisam ir muito fundo e levaram de duas a três horas. Eles tiraram 1,7 galões [cerca de 6 litros] apenas das minhas coxas dianteiras”, afirmou.
A jovem garante que está “aliviada” depois de ter feito a primeira cirurgia e, após anos preocupada com questões estéticas, está “tentando me concentrar mais em como me sinto do que em minha aparência”.
“Vai ser bom ter mais facilidade em encontrar o meu tamanho nas lojas, sentir mais energia e andar sem dor. Estou animada para ver os músculos que construí todos esses anos trabalhando”, finalizou.
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