Lula tem pouca confiança entre agentes do mercado financeiro, diz Quaest



Agentes do mercado financeiro dizem ter pouca ou nenhuma confiança no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta (12). O levantamento apontou que, apesar do índice de confiança extremamente baixo, a política econômica do governo está começando a apresentar uma melhora futura.

Segundo a pesquisa, a desconfiança em Lula é de 95% (pouco ou nada), 4% para “mais ou menos” e 1% para “muito”. Por outro lado, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem “muita” confiança de 72% dos entrevistados, 22% de “mais ou menos” e 6% de “pouco ou nada”.

O levantamento negativo para Lula contrasta com a avaliação do andamento da política econômica brasileira, que aponta que está na direção certa cresceu de 10% na apuração de maio para 47% agora.

Os que consideram o contrário caíram de 90% para 53%, em reflexo às recentes aprovações no Congresso do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. Outros 21% acreditam que a situação ficará pior e 26% que nada vai mudar.

A pesquisa também mostra que 54% dos
entrevistados afirmam que os investimentos externos no Brasil vão aumentar nos
próximos meses, 39% que se manterá igual e 7% que vão diminuir.

A mesma expectativa de melhora na economia vem sendo revelada semanalmente pelo Relatório Focus, do Banco Central, que apontou queda na inflação e alta do PIB (Produto Interno Bruto) desde ano pela oitava semana seguida, além da previsão de que a taxa básica de juros termine 2023 a 12%. Atualmente é de 13,75% e deve começar a ser reduzida gradativamente a partir de agosto.

Segundo o levantamento, 100% dos agentes ouvidos
acreditam na queda da taxa de juros ainda neste ano, sendo que 92% estimam a
redução já a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

A Genial/Quaest entrevistou 94 pessoas ligadas a fundos de investimentos com sedes no estado paulista e no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho, como gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.



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