Metrô parado e ônibus lotado? Veja como enfrentar a ansiedade no transporte público em dia de greve – Notícias



O trânsito e a lotação no transporte público costumam ser fatores estressantes na rotina dos trabalhadores. Em dia de greve, então, como a desta terça-feira (28), em São Paulo, a situação se torna ainda mais grave.


O metrô parado, o ônibus lotado e o trânsito mais lento que o normal podem provocar uma elevação nos níveis de estresse, causando crises de ansiedade e piorando os quadros de fobia social, claustrofobia e síndrome do pânico, alertam especialistas ouvidos pelo R7, que também dão dicas de como tentar levar dias assim de uma maneira mais tranquila.



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“Para amenizar o estresse causado pela fobia de se atrasar, especialmente em dias imprevisíveis, como em greves de transporte público, é importante adotar estratégias de enfrentamento adaptativas”, diz a neuropsicóloga Tammy Marchiori.


“Isso inclui planejamento antecipado, como verificar alternativas de transporte e ajustar horários, e também o desenvolvimento de uma mentalidade mais flexível e tolerante à incerteza, reconhecendo que nem todos os aspectos de uma situação estão sob controle”, complementa a especialista.


A psiquiatra Jéssica Martani afirma que pessoas com medo de se atrasar podem ter grande sofrimento diante das circunstâncias em que o trânsito se encontra lento, e o quadro pode piorar com o passar do tempo caso não haja o devido tratamento.


Ambas as especialistas concordam que, para pessoas com transtornos de ansiedade ou claustrofobia, é importante reconhecer a importância do autocuidado. E isso pode exigir o uso de medicações ou técnicas que podem ser aprendidas por meio de terapia e ajudam a entender e gerenciar pensamentos e reações em situações estressantes.


“Práticas de atenção plena podem ajudar a manter a calma e a focar o momento presente, reduzindo a ansiedade. Manter um diário de sentimentos e experiências pode servir para identificar padrões e gatilhos específicos da ansiedade, facilitando o manejo dessas situações”, ressalta Marchiori.


Também é importante que as pessoas que sofram com esse tipo de condição passem por uma exposição gradual orientada para dessensibilizar a resposta do corpo e da mente a situações que provocam ansiedade. Isso pode envolver a exposição controlada e progressiva ao elemento causador do desconforto, como a superlotação, em um contexto seguro.


Técnicas de respiração e de relaxamento podem ser eficazes para ajudar nesses momentos. Outra alternativa possível é a distração da mente com música ou a leitura de livros, assim como conversar com outras pessoas durante o trajeto, diminuindo o estresse do deslocamento.


Para quem não possui problemas que podem ser agravados diante da lotação e do estresse diário, a recomendação é o ajuste de horários, evitando o horário de pico, caso seja possível.


Há, ainda, a possibilidade de experimentar rotas alternativas ou outros meios de transporte, como a bicicleta. Ou seguir a pé, caso a distância permita. Esse tempo pode ser aproveitado ouvindo música, um livro em formato de audiobook ou até um podcast. Além de tirar o foco do estresse, esse tipo de conteúdo pode ser uma boa oportunidade de aprendizado. 




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