Ministério da Justiça e Segurança Pública lança curso antirracista para policiais – Notícias



O Ministério da Justiça e Segurança Pública deu início nesta segunda-feira (20), em que se comemora o Dia da Consciência Negra, ao curso “Formação de Multiplicadores – Polícia Antirracista”, que tem como objetivo o combate ao racismo estrutural nas corporações. De acordo com a pasta, participam 37 integrantes das polícias civil e militar dos 26 estados e do Distrito Federal, que atuarão como replicadores em cursos de formação locais.



“Além de passar pelos aspectos jurídicos e de segurança pública, o curso vai abordar a naturalização do racismo na cultura brasileira, a relação da violência com a discriminação racial e os conceitos que alicerçam a prática antirracista, visando instigar o desenvolvimento de uma atuação técnico-operacional em estreito relacionamento com a comunidade, a fim de promover mudanças na cultura organizacional”, diz o ministério, em nota.


O curso pretende desenvolver no profissional da área a capacidade de identificar os métodos de atuação policial para enfrentar o fenômeno da criminalidade e violência em contextos de vulnerabilidade social, com destaque para os grupos étnico-raciais, e conhecer as implicações jurídicas de comportamentos racistas e do descumprimento da lei e da técnica na atividade policial. Além disso, quer ajudar os policiais a reconhecer os impactos negativos do racismo estrutural tanto nas condições de trabalho e na qualidade de vida do profissional de segurança pública, quanto na elaboração e implementação das políticas de segurança pública.


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O secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, disse que o primeiro passo para combater o problema é reconhecê-lo, e destacou que o racismo estrutural vitima em maior parte policiais negros, mesmo que estes sejam minoria quantitativa nas corporações.


“Que a gente possa mapear iniciativas que os estados construíram, que deram resultado, para que o governo federal possa apoiar, disseminar e ampliar, para mudar essa realidade: realidade do policial que é vítima de violência e do cidadão da periferia que é vítima do racismo estrutural. Precisamos de reflexão e amadurecimento constantes, para que tenhamos condições de proteger a polícia e entregar à população a segurança pública com cidadania prevista na Constituição”, afirmou o secretário.



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