Ministério da saúde pretende trocar vacina oral contra a poliomielite por injetável


O Ministério da Saúde anunciou que avalia a mudança de aplicação da vacina contra a poliomielite, que atualmente é via oral, para uma versão mais aprimorada do imunizante, que será injetável. Na atual versão, as duas doses de reforço da vacina contra a paralisia infantil são oferecidas em gotas para crianças de até um ano de idade.

De acordo com a pasta, a substituição da vacina deve ocorrer de forma gradual a partir do próximo ano e após avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI).

A vacina oral está no calendário desde a década de 1960. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme o esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional e anual.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável; VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha). 

A mudança na forma de aplicação da vacina, contudo, não vai retirar o personagem Zé Gotinha das campanhas do governo. O personagem foi criado em 1986 para ajudar a divulgação do programa e é marca registrada.

A doença, também conhecida como paralisia infantil, estava com o certificado de erradicação no país desde 1994. Contudo, há uma baixa cobertura vacinal nos últimos anos, trazendo uma maior preocupação ao governo federal e possível retorno da epidemia.

Nesta quinta-feira (15), a ministra da Saúde do governo Lula, Nísia Trindade, afirmou que é necessário que país reforce a cobertura vacinal contra a poliomielite para assim evitar que a doença volte a circular no Brasil. “Não temos ainda essa força que precisamos ter e o Senado é fundamental, para que a vacinação volte a ser o orgulho do nosso país como já foi“. 


A ministra da Saúde, Nísia Trindade (Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)


A baixa cobertura vacinal dos últimos quatro anos, fez o Brasil, em setembro do ano passado, entrar na lista da Organização Pan-Americana para a Saúde (Opas) de países com alto risco para a doença.

Foto Destaque: criança tomando a vacina da poliomielite. Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil)





Source link