Ministro diz que Senado pode chamar um “psiquiatra” se Campos Neto não baixar juros



O ministro Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, disse nesta quinta (27) que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pode ter de fazer terapia com um “psiquiatra” caso não baixe a taxa básica de juros Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a semana que vem.

A fala que associou a decisão monetária a um caso psiquiátrico foi dada durante a apresentação dos dados do Novo Caged, em Brasília. Marinho classificou o comportamento do Banco Central como “inadequado” e uma “inadequação esquizofrênica” dos juros no Brasil – atualmente em 13,75% –, que teriam segurado a geração de empregos no Brasil.

“Ninguém acredita na possibilidade de o Banco
Central não iniciar um processo de redução de juros. Se isso ocorrer, é uma
situação bastante grave e necessita, da autoridade responsável, tomada de
providência, no caso o Senado da República, de pautar esse assunto para observar
o que está acontecendo, se contrata um psiquiatra, o que a gente faz com o
cidadão”, disse.

Segundo o ministro, o país poderia ter gerado 200 mil novos postos de trabalho no mês de junho em vez dos 157,2 mil. “Se tivesse tido um comportamento diferente, talvez nós pudéssemos estar comemorando no 1º semestre a ordem de 1,2 milhão ou 1,15 milhão de empregos”, completou em referência aos pouco mais de 1 milhão gerados no semestre.

Luiz Marinho afirmou, ainda, que o desempenho do
mercado de trabalho vai depender da decisão tomada pelo Banco Central na
próxima reunião. O governo espera criar dois milhões de empregos no país em 12
meses.

“Pode não ser alcançado a depender do comportamento do Banco Central. E pode ser ultrapassado a depender do comportamento do Banco Central”, afirmou. O governo e parte do mercado acreditam no início de uma queda de até 0,50%.



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