Modernização do Hospital Mãe de Deus terá R$ 70 milhões
Este é o segundo financiamento aprovado pelo BNDES ao Hospital Mãe de Deus
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 70 milhões para a reconstrução e a modernização do Hospital Mãe de Deus, um dos principais de Porto Alegre (RS). A unidade, de média e alta complexidade, foi afetada pela enchente de maio de 2024 e ficou com atividades paralisadas por 45 dias. As chuvas intensas obrigaram a transferência de todos os pacientes e causaram danos principalmente no subsolo e no andar térreo. A inundação atingiu áreas essenciais para o funcionamento do hospital, como a subestação elétrica principal, a rede de gases medicinais e as redes hidráulica, de esgoto e de osmose. O volume de água ainda comprometeu o funcionamento de toda a rede elétrica. Por conta dos estragos, o setor materno-infantil, referência em atendimento humanizado diferenciado, é o único que ainda não foi retomado.
A partir do financiamento do banco, os investimentos previstos, além de reconstrução, contemplam a modernização da estrutura para a mitigação de riscos futuros de adversidades climáticas. Serão realizadas adequações civis, com reparos e alterações nas instalações, bem como a relocalização permanente de áreas essenciais para o funcionamento do hospital para outras de menor risco de alagamento. Os recursos também vão proporcionar a recuperação de um prédio de apoio, utilizado pelos setores de medicina do trabalho e de recursos humanos.
Este é o segundo financiamento aprovado pelo BNDES ao Hospital Mãe de Deus. Em setembro, foi concedido crédito emergencial no valor de R$ 80 milhões, para despesas de capital de giro, dentro do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, que contempla ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e retomada das atividades econômicas. Em funcionamento desde 1979, o Hospital Mãe de Deus conta com 312 leitos e é a principal unidade da Associação Educadora São Carlos, entidade de caráter beneficente e filantrópico, que atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de outros dois hospitais não afetados pelas enchentes, e convênios médicos e pacientes particulares.