morar perto de áreas com natureza ajuda a retardar a progressão das doenças
Uma pesquisa da Universidade de Havard mostra que idosos com fácil acesso à natureza têm progressão mais lenta do Parkinson e Alzheimer. Segundo mostra um estudo feito na Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, essa descoberta foi divulgada na revista Jama, em 20 de dezembro. Em estudos anteriores, foi mostrado que fatores ambientais como a poluição aumentam o risco de sintomas dessas doenças.
Para a realização do estudo, pesquisadores analisaram dados sobre saúde e hábitos da vida de cerca de 62 milhões de norte-americanos, essas informações foram recolhidas entre início de 2000 e final de 2016, e um dos diferenciais foi o uso da geolocalização a partir do código postal que permitiu aos pesquisadores mapear as regiões nas quais as pessoas viviam.
Pesquisadores em Havard em pesquisa de doenças neurológicas. (Foto: Reprodução/Metrópoles)
Eles observaram também a taxa de hospitalização por doença de Alzheimer e demências relacionadas, ou por Parkinson era bem menor entre idosos com fácil acesso a áreas verdes, como florestas e parques com vegetações, rios, praias. Quanto mais verde o ambiente ao redor da residência do indivíduo, menor era o risco de hospitalização por essas doenças neurológicas. O risco de internação caiu também por quanto mais perto a pessoa vivia da água ou de alguma área verde de tamanho significativo.
“Ambientes naturais, como florestas, parques, ruas arborizadas e rios, podem ajudar a reduzir o estresse e restaurar a atenção, fornecer ambientes para atividade física e interações sociais e podem reduzir a exposição à poluição do ar, calor extremo e ruído”, explicam pesquisadores do estudo.
De acordo com os pesquisadores, a vida perto do verde também pode proteger contra vários resultados neurológicos, como declínio cognitivo, acidente vascular cerebral (AVC), e mortalidade por doenças neurodegenerativas.
A associação foi ainda mais forte em relação ao Parkinson. Para cada aumento de 16% na cobertura do parque, o risco de internação pela doença caiu 3%. Pessoas que moravam em local em que 1% ou mais do espaço estudado era água, o risco de internação por Parkinson caiu 3% em relação àqueles em CEPs com menos cursos d’água.
Foto Destaque: Idosos com fácil acesso a natureza. Reprodução/Metrópoles