‘Nós iremos buscar todas elas’, diz prefeito ucraniano sobre crianças ‘sequestradas’ por pais  – Notícias



As autoridades da cidade de Avdiivka, no leste da Ucrânia, ordenaram a retirada de todos os menores de idade da região, por conta da guerra. Localizado na linha de frente do conflito, o local é um dos mais afetados por bombardeios.


Com praticamente todos os prédios destruídos, os residentes restantes vivem em abrigos subterrâneos. O prefeito Vitali Barabach expressou sua preocupação com a qualidade de vida dessas famílias. “As crianças às vezes não veem o céu por três meses”, afirmou.


Assim, a decisão de mover os jovens se tornou incontestável, mesmo que eles queiram ficar na cidade. Barabach reforça que os pais que se recusam a entregar as crianças estão praticamente sequestrando-as.



Segundo a agência de notícias AFP, o prefeito informou na segunda-feira (3) que ainda existem oito crianças escondidas pela cidade, mas que esses menores não serão esquecidos. “Nós iremos buscá-las”, prometeu.


Em depoimento à imprensa, Katerina, de 64 anos, contou aos prantos como a polícia forçou seu neto a deixar Avdiivka. “Eles levaram meu neto de 15 anos”, explicou. “Começaram a retirada e o levaram embora. Ele não queria ir, e não queríamos que ele fosse. A casa dele é a casa dele, mesmo que agora seja em um porão”, lamenta a senhora, que estava vivendo com a família em um abrigo subterrâneo.


Apesar da saudade do neto, Katerina afirma que, talvez, essa seja realmente a única solução no momento. “Talvez seja melhor onde ele está agora. Aqui há disparos, e não dá para dormir à noite”, admitiu. Devido às falhas telefônicas, a família ainda não conseguiu contato com o adolescente.



De acordo com Mikhailo Purishev, diretor do novo centro de recepção para os moradores de Avdiivka, restam cerca de 2.000 habitantes em Avdiivka, em comparação com os 30 mil que viviam lá quando o Kremlin lançou sua invasão, em fevereiro de 2022.


Os moradores da cidade são afetados constantemente pelo fogo cruzado. Um bebê de 5 meses morreu recentemente em um ataque russo. Avdiivka não possui ambulâncias nem equipes de resgate.


No hospital central, os dois médicos restantes fornecem tratamento básico e estabilizam pacientes gravemente feridos. Estes, então, são levados pela polícia ou por voluntários para cidades mais distantes do front da batalha.


O único cirurgião, Mikhailo Orlov, explica que os civis são feridos por estilhaços, morteiros e balas. “Eles sofrem lesões cerebrais traumáticas abertas, ferimentos penetrantes no tórax e no abdômen, feridas nas extremidades superiores e inferiores”, destaca.







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