Novo PAC terá R$ 60 bilhões ao ano com obras próprias, concessões e PPP, diz Rui Costa



O Novo PAC, releitura do Programa de Aceleração
do Crescimento das gestões petistas anteriores, será lançado no dia 11 de
agosto e terá R$ 60 bilhões em investimentos ao ano até o final do atual
governo. O anúncio foi feito nesta terça (25) pelo ministro Rui Costa, da Casa
Civil, que adiantou que as obras serão tocadas com recursos próprios,
concessões e parcerias público-privadas (PPP).

Segundo o ministro, o valor total de R$ 240
bilhões pode ser ainda maior com a atração de recursos privados em algumas
obras.

“Além de investimento do orçamento da União, o PAC também terá concessões públicas de rodovias, portos e aeroportos. E teremos também de forma inovadora projetos de PPP executadas diretamente com o governo federal em parceria com estados e municípios”, disse em entrevista ao BandNews.

Costa ressaltou que os investimentos em infraestrutura e na área social serão os prioritários nesta nova versão do PAC, como um avanço de obras do programa Minha Casa Minha Vida, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia adiantado em entrevistas e discursos nas últimas semanas.

“O carro-chefe são os investimentos em infraestrutura, também temos investimentos na área social, com a construção de escolas, creches e unidades hospitalares hospitais. E também investimentos fortes para melhorar a logística e a infraestrutura que acaba gerando muito emprego e contribui para a redução de custo da nossa produção e torna o mais competitivo”, afirmou Rui Costa.

Também estão previstas obras para a transição
energética, com a construção de parques de geração de energia eólica e novos leilões
de linhas de transmissão. Costa afirmou que será criado um fundo específico
para financiar a descarbonização da economia.

O lançamento do Novo PAC, que ainda não tem um nome definitivo, estava previsto para ser lançado no final de junho, depois para a primeira semana de julho e para até o final do mês antes de ter esta nova data marcada. Durante a viagem à Bélgica na semana passada, Lula determinou o adiamento do anúncio oficial do programa para após a volta do recesso parlamentar.

Além de explicar como será o Novo PAC, Rui Costa
disse que espera o início de um ciclo de redução da taxa básica de juros na
próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem. A
expectativa do mercado é de uma queda de 0,25 ponto percentual dos atuais
13,75%, alvo de reclamações constantes do governo.

“Só falta cair um indicador para que o Brasil cresça de forma mais substantiva que é a taxa de juros. Os empresários estão esperando, a população mais pobre está esperando. A dona de casa que precisa trocar a geladeira está esperando a taxa de juros cair para poder ir na loja e financiar sua geladeira com uma prestação bem mais barata. Essa é a nossa expectativa para viabilizar os investimentos do PAC”, completou.



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