Petrobras investe R$ 88 bi na bacia de Campos e aguarda parecer para foz do Amazonas



A Petrobras anunciou que vai investir R$ 88 bilhões para perfurar mais 200 poços de extração de petróleo e instalar seis plataformas na bacia de Campos, no Sudeste do país. O investimento faz parte de um “plano de renovação” válido até 2027 e prevê, ainda, a revitalização da estrutura de oleodutos e gasodutos e a ampliação da rede de malhas óticas.

O plano da empresa foi apresentado na quarta (9)
pelo gerente-executivo de Águas Profundas, Paulo Marinho, durante o painel
“Oportunidades de Investimento no Espírito Santo”, na MEC Show 2023,
Feira da Metalmecânica e Inovação Industrial do estado.

“A gente vive um momento importante em que a companhia fincou pé na transição energética justa. Adicionalmente, estudamos a possibilidade de implantação de energia eólica offshore no estado”, informou o executivo.

Marinho disse, ainda, que o Espírito Santo é o terceiro produtor de óleo e gás do país, e estado onde houve a perfuração do primeiro poço de petróleo do pré-sal, em 2008. “Apesar de estarmos há mais de 40 anos na Bacia de Campos, continuamos na busca de petróleo novo, com atividades em novos blocos exploratórios e buscando sinergia com as instalações existentes”, concluiu.

Em paralelo ao investimento no pré-sal do
Sudeste, a Petrobras segue com a intenção de explorar petróleo na foz do Rio
Amazonas, na altura do Amapá, como tem reiterado o presidente da estatal, Jean
Paul Prates, apesar das negativas do Ibama em emitir o licenciamento ambiental.

Na última terça (8), a Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou à Gazeta do Povo que está terminando de elaborar um parecer que pode deixar nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a decisão para autorizar a exploração no local.

De acordo com a AGU, técnicos estão realizando
uma “análise jurídica” sobre uma brecha na lei que pode liberar a exploração
sem a interferência do Ibama.

Uma portaria interministerial de 2012 afirma, em um dos trechos, que um bloco exploratório que não tenha avaliação ambiental pode ser autorizado por uma manifestação conjunta dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente.

Segundo a AGU, o bloco já foi licitado em 2013 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que já significaria que a exploração já estaria autorizada no local.



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