Presidente da Petrobras diz que reajuste foi “justo” e nova política de preços “eficiente”
O reajuste dos combustíveis que entrou em vigor nesta quarta (16) elevando o preço da gasolina em R$ 0,41 e do diesel em R$ 0,78 para as distribuidoras foi considerado “justo” pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A decisão foi tomada na manhã de terça (15) após semanas de expectativas por conta do aumento dos valores do petróleo no mercado internacional, e é o primeiro desde que a estatal adotou uma nova política de preços, em maio.
A gasolina teve um reajuste de 16,2% e o diesel de 25,8%, diminuindo a defasagem na comparação com o mercado internacional, de 11% e de 8% respectivamente nesta quarta (16) segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) (veja na íntegra). No final de julho, o índice chegou a 21% para a gasolina e 18% para o diesel.
Segundo Jean Paul Prates, o reajuste desta
semana ocorreu por conta de um ajuste que precisou ser feito por conta da
volatilidade do que ele chama de “túnel” entre o valor marginal e o “custo
alternativo para o cliente”, que é quando o distribuidor deixa de comprar da
Petrobras.
“Agora, nós atingimos uma coisa que não é mais necessariamente a volatilidade apenas. Chegamos a um patamar diferente e tivemos que fazer um ajuste pra chegar no valor marginal de novo, aquele em que a gente não sai da mesa porque não vende. Então a gente fez um ajuste justo”, disse em entrevista à GloboNews.
Ainda segundo o presidente da estatal, a nova
política de preços que, leva em consideração outros fatores de mercado além da
cotação internacional do petróleo, “passou no teste” e se mostrou muito “eficiente”
por “combater a volatilidade” do produto.
“Tanto o Brent [tipo de petróleo usado como referência no mercado internacional] como o diesel têm variado muito desde julho, principalmente nas últimas semanas, com uma variação diária de 2% a 3%. Seguramos essa volatilidade, não o preço necessariamente, num patamar dentro daquele túnel entre o valor marginal e o custo alternativo para o cliente, que é quando o cliente vai embora e não compra mais de nós se tiver muito caro”, completou.