Presos dizem à Defensoria Pública que houve demora em socorro a réu pelo 8/1 que morreu na Papuda – Notícias



Presos da penitenciária da Papuda afirmaram à Defensoria Pública do Distrito Federal, “em uníssono”, que o atendimento médico a Cleriston Pereira da Cunha demorou a ser feito. Ele estava detido preventivamente pelos atos do 8 de Janeiro e morreu após sentir um mal súbito enquanto tomava banho de sol, na última segunda-feira (20). Defensores vistoriaram a penitenciária na terça-feira (21) para “se inteirar acerca dos fatos”.



Segundo o relatório, os detentos informaram aos defensores públicos que Cunha começou a passar mal e que a policial penal responsável “entrou em desespero por não saber como apoiar”. Outros presos, um médico e um dentista, o teriam reanimado por duas vezes.


De acordo com relatos, após cerca de 25 minutos uma médica foi prestar socorro, com um estetoscópio e um aparelho para medir pressão arterial. Os presos afirmam que não havia desfibrilador nem cilindro de oxigênio no local.


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Ainda segundo os detentos, Cunha estava com a saúde “fragilizada” e necessitava da ajuda de colegas para ser levado aos banhos de sol. Por diversas vezes, teria sido levado a uma sala isolada até se sentir melhor.


Os responsáveis pelo Centro de Detenção Provisória 2 informaram à Defensoria Pública do DF que o atendimento médico foi célere, com chamamento imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e atendimento do setor médico do local. O helicóptero dos bombeiros não foi ao local devido ao mau tempo, mas foi acionado.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes requisitou na última segunda-feira informações detalhadas da morte de Cunha e uma cópia do prontuário e do relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante a custódia.


O R7 entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária do DF, que respondeu com a seguinte nota:


“No Sistema Penitenciário do DF temos, ao todo, 155 profissionais de saúde sendo 18 médicos, 26 enfermeiros, 10 assistentes sociais, 15 psicólogos, 15 dentistas, um terapeuta ocupacional, sete farmacêuticos, três fisioterapeutas, 30 técnicos de enfermagem, 13 técnicos de higiene dental, quatro auxiliares operacionais de serviços diversos, um técnico de laboratório e 12 analistas em gestão de assistência pública em saúde para atender as necessidades dos custodiados e acompanhar doenças crônicas e comorbidades.

No momento em que o custodiado entra em uma unidade prisional proveniente de prisão provisória e ou transferência de penitenciária de outra UF, é realizada uma entrevista com este reeducando e também uma triagem, além da administração de vacinas e orientações em casos de comorbidades. Neste momento, o interno é inserido ou não — a depender da necessidade — no plano de distribuição de medicamentos que são entregues gratuitamente ao interno, a depender do laudo médico expedido.


Atualmente, o sistema penitenciário do DF conta com um efetivo de 155 profissionais de saúde exclusivos do sistema, que trabalham em regime de expediente de 8h às 17h de segunda a sexta. Além disso, em casos classificados (pela equipe de saúde) como mais complexos, policiais penais realizam escoltas dos custodiado aos hospitais de referência e, em casos de urgência e emergência, policiais penais de plantão da unidade acionam imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os Bombeiros por meio da mesa da Polícia Penal no Centro Integrado de operações de Brasília (CIOB).”



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