Prévia da inflação fica em 0,34% em dezembro
A maior variação foi registrada em alimentação e bebidas (1,47%)
No grupo alimentação e bebidas, contribuíram para o aumento os preços do óleo de soja (com aumento de 9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (com redução de 9,85% no preço), o tomate (com redução de 6,71%) e o leite longa vida (com redução de 2,42%). A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,57% em novembro para 1,23% em dezembro. Tanto a refeição (1,34%) quanto o lanche (1,26%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,38% e 0,78%, respectivamente).
Em despesas Pessoais, o resultado foi influenciado principalmente pela alta do cigarro (12,78%), devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro. Altas também foram observadas nos subitens cinema, teatro e concertos (2,58%) e cabeleireiro e barbeiro (1,37%). No grupo dos transportes, o subitem passagem aérea subiu 4,43%, enquanto o preço do ônibus urbano subiu 1,20%, após gratuidades concedidas nas passagens no segundo turno das eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em combustíveis, houve aumentos nos preços do etanol (0,80%) e do óleo diesel (0,41%), enquanto a gasolina e o gás veicular apresentaram variações negativas, com reduções de 0,01% e 0,12%, respectivamente.
No grupo Habitação, o preço da energia elétrica residencial recuou 5,72% em dezembro, em decorrência do retorno da vigência da bandeira tarifária verde, a partir de 1º de dezembro, com a qual não há cobrança adicional nas faturas. Em novembro, esteve em vigor a bandeira tarifária amarela. Além disso, foi verificado reajustes tarifário de 6,37% em uma das concessionárias de Porto Alegre (resultando em redução de 5,79%), a partir de 22 de novembro.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2024 (referência), e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 12 de novembro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, com diferenças apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Confira, abaixo, a variação por regiões.