Procompi vai injetar R$ 24 milhões em projetos para MPEs


Programa tem foco na redução de custos e no aumento da produtividade e da competitividade

O Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) foi renovado até 2026. Realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), os projetos do novo ciclo vão priorizar iniciativas em transformação digital, sustentabilidade, governança corporativa e Indústria 4.0. As instituições vão injetar R$ 24 milhões na nova fase do programa. Os eixos do novo ciclo foram definidos com base nos desafios econômicos e socioambientais do país, com o objetivo de trazer a sustentabilidade para o centro da proposta de valor dos negócios e a necessidade de modernização da indústria com a incorporação das novas tecnologias digitais.

O objetivo do Procompi continua o mesmo: encontrar soluções para problemas coletivos das MPEs industriais, com foco na redução de custos e no aumento da produtividade e da competitividade. De 2000 até o último ciclo, que terminou em 2021, o programa já beneficiou mais de 8,9 mil empresas. Cerca de 60% implementaram ações de inovação e 34% reduziram custos. Apesar de serem parte essencial das cadeias e sistemas produtivos, MPEs indústrias estão atrasadas em matéria de digitalização. A Sondagem Especial Indústria 4.0 da CNI mostrou que, em 2021, 69% das empresas industriais já utilizavam ao menos uma tecnologia digital em uma lista de 18 tipos. No entanto, o uso ainda é incipiente: em 2021, 31% das empresas não utilizavam sequer uma tecnologia digital, e 26% utilizavam apenas de 1 a 3 dessas tecnologias.

A situação é ainda pior entre as médias e pequenas, onde 64% e 42% adotam pelo menos uma tecnologia, respectivamente, contra 86% entre as grandes empresas. Para aumentar consistentemente a produtividade e competitividade, a indústria brasileira precisa avançar na transformação digital, que é uma condição básica para que possa ampliar a contribuição na geração do produto interno, bem como para participar das cadeias mundiais de comércio. Entende-se que essa digitalização deve abranger os processos fabris, alcançar fornecedores e incluir a gestão empresarial, alcançando toda a cadeia de valor, das matérias-primas até o pós-venda. 



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